Por William Saliba
No tradicional encontro de fim de ano com a imprensa da Região Metropolitana do Vale do Aço, a Usiminas compartilhou os resultados alcançados entre janeiro e novembro de 2024, mesmo diante de um cenário econômico desafiador no Brasil. Os dados foram apresentados pelo presidente da empresa, Marcelo Chara, na tarde desta quinta-feira (20), na Casa da Diretoria, em Ipatinga.
Segundo Chara, a Usiminas gerou cerca de 17 mil empregos diretos e indiretos e realizou investimentos de R$ 1,4 bilhão na aquisição de equipamentos, materiais e serviços no Vale do Aço ao longo de 2024. Além disso, a empresa contribuiu com R$ 53 milhões em ISS. recolhidos para os cofres públicos no período.
Na Usina de Ipatinga, destacam-se dois projetos de grande porte: a reforma da Coqueria 2, que recebe um investimento de R$ 950 milhões e gera 600 postos de trabalho; e a implantação de uma nova planta de PCI (injeção de carvão pulverizado) no Alto-Forno 3, com um aporte de R$ 600 milhões até 2026, gerando 700 novos empregos.
Outro marco importante foi o fechamento de um contrato de longo prazo com a Canadian Solar para a geração de 30 megawatts médios de energia renovável em Ipatinga, reforçando o compromisso da Usiminas com a sustentabilidade.
DESEMPENHO AMBIENTAL E SOCIAL
Entre março e novembro de 2024, a empresa apresentou resultados expressivos na redução de impactos ambientais, com destaque para 100% de redução em eventos de derramamento; 83% de redução nos efluentes; 63% na emissão de poluentes fugitivos; e 94% de diminuição nas emissões das chaminés.
No campo cultural, esportivo e social, a Usiminas investiu R$ 8,7 milhões em 41 projetos no Vale do Aço, beneficiando 361 mil pessoas.
Participaram do encontro com a imprensa, os diretores André Chaves (Relações Institucionais) e Roberto Gonzales (Comunicação Corporativa).
Aumento no preço do aço previsto para 2025
Em outro encontro, a Usiminas anunciou planos para reajustar os preços do aço no primeiro trimestre de 2025, em resposta à desvalorização do real frente ao dólar. A medida visa compensar o aumento dos custos operacionais, especialmente relacionados à importação de matérias-primas e insumos cotados em moeda estrangeira. O anúncio foi feito pelo vice-presidente financeiro, Thiago Rodrigues, em apresentação a investidores.
Como uma das maiores siderúrgicas do Brasil, a Usiminas enfrenta pressões crescentes em suas margens de lucro, impactadas pela volatilidade cambial e pelos altos custos de produção. O reajuste, ainda sem valores definidos, já está sendo negociado com os principais clientes da empresa, a fim de minimizar o impacto nas cadeias produtivas.
Setores como a construção civil e a indústria automobilística, grandes consumidores de aço, devem sentir os efeitos da medida. No entanto, analistas destacam que o repasse de custos é essencial para a sustentabilidade do setor siderúrgico.
A Usiminas, por sua vez, mantém o compromisso de buscar alternativas para otimizar processos e reduzir custos, garantindo eficiência e qualidade em seus produtos, mesmo em um mercado altamente competitivo e sujeito a oscilações nos preços das commodities.