Os presidentes da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Ipatinga receberam os representantes da Ternium na última quinta-feira (22). O encontro contou com a presença do vice-presidente Jurídico e de Relações Institucionais, Pedro Teixeira, e do diretor de Comunicação, Roberto Gonzales. O intuito foi discutir sobre uma recente decisão judicial que afeta a produtora de aço acionista na Usiminas, em que a terceira turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por 3 votos a 2 que a Ternium teria que pagar uma indenização de cerca de R$ 5 bilhões à CSN. A decisão ocorreu em 18 de junho deste ano.
A principal tese da CSN aponta que a Ternium teria sido controlador da Usiminas a partir de 2012. Por outro lado, a Ternium defende que não houve alienação no momento de ingresso da empresa no grupo de controle da Usiminas.
O valor da multa é capaz de gerar impactos, não só nas empresas afetadas, mas também na economia do Vale do Aço, tendo em vista que a região apresenta uma dependência do setor industrial para o seu desenvolvimento.
O presidente da Aciapi, Luís Henrique Alves, destacou que vê a situação com muita preocupação, porque ela mostra uma insegurança jurídica muito grande. “A decisão nos preocupa porque a Ternium pode deixar de investir em nossa região. Entendemos que as entidades não estão aqui para questionar decisões judiciais, mas sabemos que a indústria é importantíssima para o desenvolvimento da cidade. Ela fomenta a economia, gera renda, emprego e riqueza”, afirmou.
Já o presidente da CDL de Ipatinga, Cláudio Zambaldi, ressaltou que a região necessita continuar recebendo os investimentos para que a produção industrial diária fique segura. “Há 12 anos ocorre essa disputa jurídica em relação a CSN e a Ternium. E com o ponto favorável à CSN, poderá haver um enorme impacto financeiro na empresa acionista da Usiminas. E a Usiminas precisa receber investimentos para prosperar ainda mais no futuro, investindo em tecnologias para uma maior produção de aço e geração de emprego”, finalizou.