Em uma resposta direta à decisão do governo nicaraguense de expulsar o embaixador brasileiro, Breno de Souza Brasil Dias da Costa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a expulsão da embaixadora da Nicarágua no Brasil, Fulvia Patrícia Castro Matus. A medida foi tomada nesta quarta-feira (7) e reflete a escalada nas tensões diplomáticas entre os dois países.
O governo da Nicarágua justificou a expulsão do diplomata brasileiro pela ausência dele na celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista, um evento de grande importância para o país. A ausência foi vista como um desrespeito, motivando a ação de retaliação. Em resposta, Lula decidiu pela reciprocidade diplomática, um gesto que reafirma a postura do Brasil na defesa de seus interesses e representantes no exterior.
Fulvia Patrícia Castro Matus havia assumido a embaixada apenas em maio deste ano, após receber o agrément do governo brasileiro, uma formalidade que autoriza um diplomata a assumir suas funções em outro país. A decisão de expulsá-la marca um momento de tensão nas relações entre Brasil e Nicarágua, que agora enfrentam desafios diplomáticos mais profundos.
Essa troca de expulsões reflete não apenas a atual conjuntura política entre os países, mas também levanta questões sobre a diplomacia na América Latina, onde eventos históricos e questões internas frequentemente influenciam relações bilaterais. Observadores internacionais acompanham com atenção os desdobramentos, esperando que novas medidas possam ser tomadas para reverter o cenário de hostilidade.