Na manhã desta quinta-feira (4), uma cerimônia no Novo Centro marcou a assinatura da Ordem de Serviço para a construção do tão aguardado Mercado Central de Ipatinga. Este projeto, que vem sendo esperado pela comunidade há várias décadas, dará início a uma nova fase de desenvolvimento para o município.
As obras, já iniciadas pela construtora responsável, têm uma previsão de conclusão de dez meses e estão sendo realizadas em uma área de 1.741 m², localizada junto à avenida Zita de Oliveira. A execução do projeto está sob a supervisão da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop) e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semdetur).
Durante a solenidade, foi destacado que para a concretização deste projeto foram captados recursos federais no valor de aproximadamente R$ 14 milhões. Esses fundos foram obtidos após um longo processo burocrático e serão liberados pela Caixa Econômica Federal de forma gradual, conforme o andamento e a comprovação da evolução da obra por meio de planilhas apresentadas pela construtora.
O Mercado Central de Ipatinga promete ser um marco para a cidade, não apenas como um centro de comércio, mas também como um espaço de integração social e desenvolvimento econômico. A conclusão deste projeto simboliza um passo significativo no fortalecimento da economia local e no atendimento às necessidades da comunidade.
SONHO ANTIGO
O sonho do Mercado Municipal é antigo. Ainda na década de 1970 o equipamento chegou a ser fisicamente materializado com uma grande construção no bairro Iguaçu. Contudo, após vários anos a edificação se tornou um “elefante branco”, com desvio de finalidade – serviu até mesmo para abrigar flagelados da enchente de 1979 –, até ser vendida à iniciativa privada.
AS INSTALAÇÕES
O complexo comercial deverá conter rica variedade de produtos regionais. No local poderão ser comercializados produtos hortifrutigranjeiros, especiarias, artesanatos, gastronomia típica, itens de decoração e utensílios domésticos, entre outros, movimentando vários segmentos da economia. Uma grande cadeia de negócios será aquecida, desde o setor de alimentação, passando pela construção civil, o transporte, o armazenamento, o comércio de uma maneira geral, até o turismo. São 100 lojas previstas, além de estandes e um amplo estacionamento.
OBSTÁCULOS SUPERADOS
“Tivemos que superar várias barreiras para chegar a esta conquista. Entre elas, adequações técnicas exigidas no projeto original. O município contará com um equipamento moderno, tranquilo e seguro, com toda a infraestrutura das construções do gênero. O ponto fundamental é dar novas opções de compras para os ipatinguenses e toda a população da região. Consequentemente, estaremos atraindo ainda mais turistas, criando empregos e gerando mais renda para a nossa cidade. Com este espaço apropriado, também estamos privilegiando os nossos comerciantes e produtores, que igualmente merecem atenção especial do poder público”, destacou o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes.
AUTOGESTÃO
O anúncio da destinação dos recursos aconteceu em março de 2022, tendo a proposta contado com apoio de representantes do legislativo em todas as esferas. A concretização do processo contempla um importante pilar defendido e estimulado nas ações do governo municipal, como salientam os gestores da Semdetur: o desenvolvimento econômico.
De acordo com o chefe do Executivo, por se tratar de um tipo de comércio popular e bastante peculiar que irá gerar centenas de empregos diretos e indiretos, a proposta é que o funcionamento do Mercado Central seja no modelo de autogestão. Visitas foram realizadas ao Mercado Central de Belo Horizonte em busca de informações importantes sobre o sistema de operação do equipamento e o Sebrae é um dos parceiros para auxiliar no processo de implantação do complexo mercantil.