O furacão Milton, classificado como categoria 5, deve atingir a costa da Flórida, nos Estados Unidos na noite desta quarta-feira (9), trazendo consigo ventos de até 321 km/h, chuvas intensas e o risco de inundações catastróficas. As autoridades alertam para o potencial devastador da tempestade, considerada uma das mais poderosas a se formar no Atlântico Norte nos últimos anos.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) prevê que Milton chegue como um “furacão extremamente perigoso”, com possibilidade de ondas de 3 a 4,5 metros e até 38 cm de chuva em algumas áreas. Os meteorologistas afirmam que esta pode ser a pior tempestade a atingir a região em cerca de 100 anos.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, descreveu Milton como um “monstro” e ordenou evacuações em massa ao longo da costa oeste do estado. As autoridades de gerenciamento de desastres emitiram uma lista e um mapa das ordens de evacuação, e vários abrigos de grande porte foram preparados para receber os desalojados.
Milton se intensificou rapidamente nas últimas 24 horas, passando de um furacão de categoria 1 no domingo para a categoria máxima na terça-feira. Apesar de algumas oscilações em sua intensidade, a tempestade manteve sua força devastadora enquanto se deslocava pelo Golfo do México após passar pela península de Yucatán, no México.
A trajetória prevista indica que o núcleo do furacão passará sobre o centro-oeste da Flórida, causando uma grande maré de tempestade ao longo de uma extensa faixa da costa antes de chegar em terra firme. Após atravessar a península, Milton deve desembocar no Oceano Atlântico.
Os impactos da tempestade já começaram a ser sentidos na Flórida. Aeroportos na rota prevista do furacão anunciaram fechamentos, e engarrafamentos foram observados nas estradas à medida que os moradores deixavam suas casas. As autoridades alertam para os riscos de chuvas torrenciais, inundações repentinas, ventos fortes e marés de tempestade.
O furacão Milton surge apenas duas semanas após o furacão Helene ter causado danos significativos nos EUA, matando mais de 200 pessoas e se tornando o mais mortal desde o Katrina em 2005. Esta sequência de tempestades poderosas reforça as previsões da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa) de uma temporada de furacões mais ativa do que o normal em 2024.
Especialistas atribuem parte desse aumento na intensidade das tempestades às mudanças climáticas causadas pelo ser humano, que elevam a temperatura média do nível do mar. Águas mais quentes fornecem mais energia para a formação e intensificação de furacões.
As autoridades enfatizam a importância de seguir as orientações de evacuação e estar preparado para enfrentar condições meteorológicas extremas. Recomenda-se que os residentes tenham suprimentos de emergência, como água, alimentos não perecíveis, lanternas e baterias, além de um plano de evacuação caso seja necessário deixar suas casas.
À medida que Milton se aproxima, os serviços de emergência estão em alerta máximo, prontos para responder a possíveis resgates e oferecer assistência às comunidades afetadas. A Guarda Nacional e outras agências federais também estão de prontidão para auxiliar nos esforços de resposta e recuperação após a passagem da tempestade.
A população da Flórida e dos estados vizinhos é aconselhada a permanecer informada sobre as atualizações meteorológicas e seguir rigorosamente as orientações das autoridades locais. A segurança é a prioridade máxima diante da aproximação deste furacão potencialmente catastrófico.