O governo iraniano manifestou nesta segunda-feira (11), a expectativa de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, intervenha para encerrar os conflitos entre Israel, Hamas e Hezbollah. A declaração foi feita pelo primeiro vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Aref, durante cúpula em Riad.
Durante encontro conjunto da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica na capital saudita, Aref criticou o apoio americano a Israel e pediu ação imediata para proteger as populações de Gaza e do Líbano. O vice-presidente iraniano também condenou as operações de assassinatos seletivos, classificando-as como “terrorismo organizado”.
A manifestação iraniana ocorre em momento delicado das relações entre os dois países. Promotores federais americanos investigam um suposto plano de agentes iranianos para assassinar Trump. Segundo as investigações, Farhad Shakeri, de 51 anos, teria sido designado pela Guarda Revolucionária Islâmica para executar o atentado, com outros dois homens já presos no caso.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã negou as acusações, classificando-as como “totalmente infundadas”. Esta não seria a primeira tentativa de Teerã contra Trump. Os serviços de inteligência americanos já haviam detectado planos anteriores, motivados pela morte do general Qassim Suleimani em 2020, quando Trump era presidente.
O pronunciamento sobre os conflitos atuais é o segundo de autoridades iranianas desde as eleições americanas. Anteriormente, o presidente Masoud Pezeshkian havia declarado que o país “não se importa” com o resultado do pleito nos Estados Unidos, enfatizando a independência do sistema iraniano.