Israel ampliou suas operações militares contra o Hezbollah no Líbano neste domingo, realizando ataques aéreos sem precedentes no Vale do Bekaa, uma região estratégica situada a mais de 100 quilômetros da fronteira entre os dois países. A ofensiva marca uma significativa escalada no conflito que se intensifica desde os ataques do Hamas em 7 de outubro.
Os bombardeios israelenses atingiram áreas próximas às cidades de Baalbek e Taraya, regiões tradicionalmente consideradas redutos do Hezbollah. Autoridades locais relataram que os ataques danificaram infraestruturas civis e causaram pânico entre a população, embora o número exato de vítimas ainda não tenha sido confirmado.
O Hezbollah, grupo militar e político que controla parte significativa do território libanês, respondeu aos ataques com uma série de lançamentos de foguetes contra posições militares israelenses. O grupo afirmou que as ações são uma resposta direta à “agressão israelense” e prometeu ampliar suas operações caso os ataques continuem.
Analistas internacionais avaliam que esta nova fase do conflito representa um risco significativo de expansão regional da guerra. A escolha do Vale do Bekaa como alvo, uma região historicamente importante para o Hezbollah, sugere uma mudança na estratégia israelense de contenção do grupo libanês.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu a operação como necessária para garantir a segurança do país, afirmando que “Israel não hesitará em atacar alvos terroristas onde quer que estejam”. Por sua vez, o governo libanês denunciou os ataques como uma violação de sua soberania territorial e solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
A comunidade internacional manifestou preocupação com a escalada do conflito. Estados Unidos e União Europeia fizeram apelos por contenção, temendo que o aumento das hostilidades possa desestabilizar ainda mais a região. Organizações humanitárias alertam para o risco de uma crise humanitária caso os ataques se intensifiquem.