A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, revelou que Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas explosões próximas ao STF, demonstrava intenções violentas contra diversas autoridades, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme mensagens encontradas em seu celular.
As investigações expuseram o perfil contraditório do suspeito, que era filiado ao PL desde 2020, antes mesmo da chegada de Bolsonaro ao partido. Nas conversas por WhatsApp, Francisco manifestava desejo de agredir tanto ministros quanto o próprio ex-presidente, evidenciando um quadro de instabilidade emocional e psicológica.
Em entrevista ao Correio Braziliense, Celina Leão enfatizou a necessidade de uma investigação ampla, considerando todas as ameaças feitas pelo suspeito. A governadora destacou que o extremismo demonstrado por Francisco impossibilita qualquer diálogo construtivo ou decisão sensata.
O episódio provocou mudanças imediatas na segurança da capital federal. A administração determinou a reinstalação das grades de proteção ao redor dos prédios dos Três Poderes, que haviam sido removidas em fevereiro deste ano. Segundo Leão, embora as barreiras não impeçam completamente eventuais ataques, proporcionam tempo adicional precioso para a ação das forças de segurança.
O caso também intensificou as discussões sobre a regulamentação das redes sociais. Para a governadora, é fundamental encontrar um equilíbrio entre liberdade de expressão e respeito às instituições, estabelecendo limites claros entre críticas democráticas e ameaças.