Por Walter Biancardine (*)
No final da manhã desta segunda-feira (18), o deputado federal Eduardo Bolsonaro, divulgou um vídeo em seu canal no YouTube para anunciar sua licença sem remuneração do cargo. Em tom contundente e direto, o parlamentar apontou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a quem classificou como “psicopata” e “ditador”, e fez graves acusações contra a ditadura narco-comuno-globalista instalada no Brasil.
No presente momento, é impossível negar que o mesmo corre riscos no Brasil, exclusivamente pelo exercício de sua atividade parlamentar de oposição: denunciar abusos do Judiciário. Sua “licença sem remuneração” nada mais é que um evidente auto-exílio em outro país, tal como já fizeram diversas outras personalidades brasileiras com atuação política de oposição.
A morte ronda a família Bolsonaro
Sem levar em conta as ameaças que ele próprio recebe diariamente, Eduardo Bolsonaro afirmou que a atual ditadura brasileira tem um plano para prender e posteriormente matar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, dentro da prisão. Além disso, criticou duramente as decisões de Moraes, chamando-as de ilegais e arbitrárias, especialmente no contexto das prisões após os eventos do 8 de janeiro.
O deputado destacou casos específicos, incluindo a morte de Clezão na prisão (esquecido, sem socorro médico até sua morte), a condenação de senhoras com mais de 70 anos a longas penas (na prática, prisão perpétua) e o caso de uma cabeleireira, afastada de seus filhos, por ter escrito uma mensagem com batom lavável em uma estátua representativa da Justiça, em Brasília. Para ele, esses episódios evidenciam a verdadeira ditadura do Judiciário, associada ao governo do PT, no país.
Sua decisão ganhou mais força após o absurdo pedido, feito por parlamentares do PT e entregues diretamente ao ditador Moraes (sem sorteio), pleiteando a cassação do passaporte do mesmo e que, no momento, preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Deputados, em Brasília. Com sua decisão de afastar-se temporariamente, a Comissão deverá ser presidida pelo deputado Zucco, um aliado da oposição.
Antes de criticar, é bom saber:
Correm, nos últimos dias, rumores que o governo Trump estuda duras medidas de retaliação contra violadores dos direitos humanos, bem como já está decidida a inclusão dos cartéis de drogas na classificação de “grupos terroristas” – e Alexandre de Moraes encaixa-se em ambos os qualificativos. Além da suspensão do visto de entrada nos EUA, eventuais patrimônios adquiridos naquele país poderão ser confiscados, bem como contas bancárias bloqueadas e a adoção, por diversos outros países, de medidas idênticas.
Tais providências poderão atingir a quase totalidade dos membros atuais da Suprema Corte brasileira, bem como autoridades de alto escalão da Polícia Federal, Ministério da Justiça e do Judiciário em geral. E é sempre bom saber que foi o excelente relacionamento interpessoal de Eduardo Bolsonaro e Donald Trump que facilitou – e muito – a adoção de tais medidas.
Do mesmo modo, muito se deve ao jovem Bolsonaro a divulgação nos demais países as reais condições em que se encontra o Brasil atualmente: submetido a uma ditadura, com total revogação da liberdade de expressão, atuação com perfídia de autoridades (vide o Alto Comando do Exército, 8 de janeiro), clara perseguição a opositores – cassação de mandatos e até prisão de parlamentares – e a plena facilitação do tráfico internacional de drogas, valendo-se do Brasil como rota de saída de seus produtos, tudo isso sob a anuência do Supremo Tribunal Federal e da Presidência da República.
Sempre é bom deixar este ponto bastante claro, pois a claque adestrada da esquerda narco-comuno-globalista prontamente acusará Eduardo Bolsonaro de ser um “foragido da Justiça”, mesmo sem sequer responder a processos – tal qual Jair Bolsonaro, já considerado como preso, antes mesmo de seu julgamento por crimes inexistentes.
O destino de Jair Bolsonaro está nas mãos de Deus, pois sequer poderá refugiar-se e poderá, de fato, ser morto na cadeia. Eduardo, ainda com seu passaporte em mãos, salvou sua vida, a de sua família e, tudo dando certo, ajudará a salvar a todos nós.
Eleições não derrubam ditaduras. Novas leis não domesticam ditadores. “Democraticamente” não iremos a lugar algum.
É preciso uma reformulação completa do país, muito mais profunda que qualquer um de nós possa imaginar.
E isso custará sangue.