Por Walter Biancardine (*)
Para melhor ou pior, a frequência com que tenho publicado matérias iguais nas revistas em que escrevo tem se tornado cada vez maior, e desta vez não será diferente: o escândalo da USAID, revelado por Mike Benz – ex-secretário de Donald Trump em seu primeiro governo – tem o potencial de anular eleições, derrubar governos e, até mesmo, acuar ditaduras como a brasileira. Além disso, os envolvidos poderão ser acusados de manipulação de eleições, prisões ilegais, crimes contra os direitos humanos (morte no cárcere, Clezão), genocídio (Covid) e entrega de informações confidenciais a outros países (alta traição). Tudo isso se dá não apenas no Brasil, mas, também na Europa e demais continentes – daí a reprodução gêmea nas publicações.
O que é a USAID?
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development – USAID) é uma das maiores agências oficiais de, a princípio, “ajuda humanitária” do mundo e responde por mais da metade de toda a assistência externa dos Estados Unidos — a maior do mundo em termos absolutos de dólares. A agência mantém operações em mais de 100 países, principalmente na África, Ásia, América Latina, Oriente Médio e Europa Oriental.
A USAID surgiu em 1961, com a assinatura do Decreto de Assistência Externa, pelo então presidente John F. Kennedy, unificando diversos instrumentos assistenciais dos Estados Unidos.
Diretamente ou através de agências subsidiárias – este é o ponto, ONGs – a USAID atua como um reforço à política externa dos EUA, cooperando com os países receptores nas áreas de economia, agricultura, saúde, assistência humanitária e, principalmente, política. Esta última ramificação, amparada pela própria Constituição norte-americana, pode atuar no sentido de influenciar, pressionar ou, até mesmo, dirigir as políticas internas – eleições inclusive – de países potencialmente interessantes para os EUA.
Os crimes da USAID
Entre outras coisas que foram descobertas após as declarações de Mike Benz, essa “agência de ajuda humanitária” do Estado americano financiava iniciativas de censura em todo o mundo. O caso brasileiro é um claro exemplo, onde redes sociais foram banidas do país (Rumble), impedidas de atuar (X-Twitter), ameaçadas de bloqueio (WhatsApp) ou simplesmente mantidas sob censura severa (Facebook, Instagram, YouTube e Google).
O caso brasileiro, entretanto, não é único e as pressões feitas pela União Europeia a favor de um “controle” das redes sociais revela, sem contestação, que a atuação da USAID é global e visa silenciar todo e qualquer pensamento considerado “dissidente” – no caso, princípios e valores conservadores.
Apenas como adendo, o próprio George Soros – um dos maiores financiadores da cultura “woke” pró-globalismo – se servia dos dinheiros da agência para fomentar as ações dos grupos e ONGs que comanda. Nada mais natural, portanto, que imediatamente após a decisão de Trump em fechar a USAID, inúmeras manifestações – espalhadas sobre o globo e por motivos diversos – tenham surgido. Na Alemanha contra a “extrema” direita, nos EUA a favor do Hamas e contra Israel e mesmo na Argentina, agora sob o governo direitista de Javier Milei; tudo isso demonstra que Soros precisou valer-se de seus próprios bolsos, em sua agonia desesperada.
Cabe acrescentar que USAID também financia o infame WEF (Fórum Econômico Mundial) e várias de suas iniciativas de cunho globalista, que vão contra os interesses e estratégias dos EUA.
Segundo a analista política brasileira, naturalizada norte-americana, Cissa Bailey, o inspetor geral da USAID têm documentado problemas como fraude de contratos, má administração de fundos e desvios de recursos destinados a ajuda humanitária. Exemplos disto tudo incluem:
– O caso do Grupo Louis Berger, que pagou mais de $69 milhões em 2010 para resolver acusações de sobrepreço e relatórios falsos em contratos no Afeganistão e no Iraque;
– Denúncias de exploração sexual e abuso em programas financiados pela USAID;
– Acusações de que fundos de ajuda humanitária foram desviados para mercados negros.
Elon Musk, por meio de sua posição na DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), parece ter acesso direto aos sistemas internos da USAID, permitindo uma investigação mais detalhada das operações e finanças da agência. Isso foi mencionado em várias notícias onde membros de sua equipe tentaram acessar áreas restritas da USAID, encontrando resistência de funcionários de segurança. Musk está determinando que uma auditoria seja feita na USAID e, para isto nomeou o secretário de Estado Marco Rubio para ser presidente interino do órgão, durante esta fase.
Alem disto tudo, existe uma relação bem próxima entre a USAID e a CIA (Central Intelligence Agency) que tem sido objeto de várias controvérsias e acusações ao longo dos anos.
Para completar, Cissa Bailey nos fornece uma relação das ONGs financiadas pela USAID no Brasil:
– World Wide Fund for Nature (WWF) Brasil: Embora a WWF seja uma organização internacional, sua operação no Brasil tem sido apoiada pela USAID em projetos de conservação ambiental.
– Kanindé Associação de Defesa Etnoambiental: Relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) indicam que essa ONG recebeu financiamento da USAID. Ela atua na defesa de direitos indígenas e meio ambiente.
– Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB): Com foco em educação ambiental e desenvolvimento sustentável, o IEB recebeu financiamento significativo da USAID.
– Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon): Especializado em pesquisa e conservação da Amazônia, o Imazon também foi citado como beneficiário de recursos da USAID.
– Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE): Atuando na conservação de espécies e ecossistemas, o Ipe tem recebido apoio para seus projetos.
– Fundação Amazônia Sustentável (FAS): Focada na conservação da floresta amazônica e no desenvolvimento sustentável das comunidades locais, a FAS também foi mencionada em contextos de financiamento pela USAID.
– Instituto Socioambiental (ISA): Conhecido por seu trabalho com povos indígenas e conservação ambiental, o ISA recebeu apoio para alguns de seus projetos.
– Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab): Esta organização, que representa os povos indígenas da Amazônia, foi citada em relatórios de financiamento pela USAID.
Segundo Cissa, a USAID doou 27 milhões de dólares ao fundo de George Soros usado para eleger advogados gerais, juízes (?) e promotores em vários países. E isto foi só o começo. Deram muito mais dinheiro ao Soros. Quero ver chegarem aos ZuckerBucks. Até porque tem muita gente acreditando que, do nada, ele virou bonzinho e acabou com a censura na META, disse ela.
Outro analista político conceituado no Brasil, Roberto Mota, observa que o mundo está descobrindo o quanto a pauta progressista radical – ideologia de gênero, antissemitismo, imigração sem controle, ativismo judicial, censura às redes, racismo do bem, “desencarceramento”, guerra à polícia e apologia de drogas – depende de financiamento em dólares.
Para completar, em entrevista ao jornalista Joe Rogan, Mike Benz foi certeiro: “Se a USAID não existisse, Jair Bolsonaro ainda seria Presidente do Brasil” – e este é o profundo e preocupante nível de influência de tal organismo, a subornar Tribunais Superiores, comprar congressistas, financiar emissoras de TV e jornais, bem como tentar implantar verdadeiros projetos de engenharia social, como a quarentena forçada durante a “pandemia” de Covid.
Ainda segundo Benz, “A mãe de Barack Obama trabalhou para o mesmo canal de financiamento da CIA/Departamento de Estado, responsável principalmente por subornar financeiramente o ecossistema da indústria de censura interna do Brasil por 6 anos inteiros, levando-o ao ponto em que o Brasil censurou o X-Twitter. Esse canal da CIA/Departamento de Estado é chamado USAID.” O escândalo da instituição tem o potencial de anular as últimas eleições presidenciais do Brasil pois, ainda de acordo com Benz, há muitas evidências de influência financiada.
A agonia dos tiranos
Mike Benz também citou uma postagem no X-Twitter, que diz: “Conversei com um amigo que tem conexões dentro do Partido Democrata e ele disse que o nível de pânico sobre o fechamento da USAID por Trump e Elon é diferente de tudo que ele já viu.
Ao seguir o dinheiro, o DOGE desferiu um golpe mortal no coração da máquina estatal profunda dos democratas. Citação direta: “Isso é pior do que o 11 de setembro para os democratas. A USAID é o principal instrumento que utilizam para alcançar a sua agenda política. A USAID é e sempre foi a principal fonte de financiamento para os seus esquemas de tráfico de influência e para as suas fontes indiretas de rendimento”.
Benz também citou outro texto “Com base nas reações de dentro do partido parece-me que o desmantelamento da USAID é a maior vitória política de Trump até à data, era a galinha dos ovos de ouro do seu inimigo”.
Evidentemente, todo o grande esquema globalista não aceitará tais ações de Trump passivamente: Bill Gates fez, recentemente, uma grande ameaça ao presidente Trump, Elon Musk e à América: o “chefe globalista do despovoamento mundial” disse abertamente ao programa de TV “The View”, da ABC, que se a USAID continuar a ser investigada/desmantelada, uma nova pandemia matará milhões de pessoas. E poderemos juntar, neste horroroso cozido, as manifestações pagas por George Soros, as ameaças de Bill Gates e todo um universo de personalidades – políticos, artistas, etc. – que estão vindo à público protestar contra o fim da USAID.
A regra é simples: “follow the cry”. Siga o choro e verá aqueles que são beneficiados por tais crimes.
Para completar, Donald Trump anunciou que assinou uma ordem para retirar os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU e, igualmente, da Unesco. Tais organizações vem perdendo a credibilidade desde 2020 e a medida piora ainda mais a situação da agenda globalista, unindo-a à OMS (Organização Mundial da Saúde) – principal vilã da pandemia – no imenso rol dos criminosos, revelados pela gestão Trump.
O que podemos fazer?
Desnecessário dizer que as ações ilegais descritas neste artigo, cujo foco foi o Brasil, certamente foram feitas em inúmeros países – Europa inclusive, dominada pela “ditadura branca” globalista da União Europeia.
Os dinheiros da USAID, George Soros e mesmo dos cartéis de drogas compraram todo o stablishment no Brasil, e fraudaram eleições, instituíram urnas eletrônicas inauditaveis, garantiram a censura nas redes sociais e consolidaram o ativismo judicial – que já se espalha globalmente – o qual tomou o poder e instituiu a ditadura atual que aqui vivemos. Um bom exemplo das distorções quase “fellinianas” que tal influência produziu foi a recente “decretação” – pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, órgão dirigente da ditadura – de uma lei que invalida qualquer queixa de racismo, se apresentada por pessoas da cor branca: tal Tribunal entende que “brancos são maioria no Brasil e maiorias não sofrem racismo”.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
* Depois de ficar fora do ar por horas (com Democratas ameaçando entrar no prédio da USAID), o site da USAID está novamente online com uma mensagem dizendo que a partir desta sexta-feira, 7 de fevereiro, os funcionários diretamente contratados pelo órgão serão colocados em licença administrativa globalmente. Apenas os funcionários essenciais para importantes programas serão mantidos no momento.
* Argentina: Governo Milei anuncia saída da Argentina da Organização Mundial da Saúde.
Conclusão
Que a Europa acorde e se movimente, principalmente à revelia do suave chicote da União Europeia, pois todo o relatado aqui no Brasil já acontece – amortecido e suavizado pela grande mídia – no velho continente.
E que os brasileiros igualmente despertem de seu sono letárgico, omisso, pois a ditadura agoniza e não é hora de atuarmos apenas como espectadores.
Trump está fazendo a parte dele.
E o resto do mundo?