Por William Saliba (*)
Ipatinga e Santana do Paraíso enfrentam desde a madrugada de ontem (12/1) a maior tragédia natural de suas histórias. Até o momento, foram confirmados 11 óbitos, incluindo crianças e idosos, vítimas de deslizamentos de terra e desmoronamentos de residências. Mais de uma centena de pessoas estão desabrigadas, enquanto comerciantes contabilizam prejuízos significativos causados pela inundação de estabelecimentos.
O momento exige união e solidariedade. A população dos bairros não atingidos, assim como instituições públicas e privadas da Região Metropolitana do Vale do Aço, mobilizam-se para amenizar a dor e o sofrimento das vítimas e de seus familiares. A tragédia já repercute em todo o Brasil e até no exterior. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, deslocou-se de Belo Horizonte para acompanhar de perto a situação crítica vivida pelo Vale do Aço.
Embora não seja o momento de apontar culpados pela falta de medidas preventivas, como destacou o experiente jornalista Alexandre Garcia em seu canal no YouTube, com quase três milhões de seguidores, é imprescindível que essa discussão ocorra posteriormente. É fundamental priorizar, neste momento, o resgate da dignidade das famílias afetadas, oferecendo suporte para que reconstruam suas vidas, além da urgente reparação da infraestrutura de Ipatinga, devastada pelas águas e pela lama.
A recomendação de Alexandre Garcia é crucial: após o socorro imediato, é indispensável cobrar das autoridades competentes a adoção de políticas públicas eficazes de prevenção.
Tragédias como essa no Vale do Aço têm sido cada vez mais frequentes em todo o país, reflexo da inércia de governantes que ignoram sinais evidentes de riscos iminentes. A omissão de medidas preventivas é uma negligência que expõe a população a desastres de proporções devastadoras.
É urgente que as autoridades saiam da inércia e adotem planos de prevenção e resposta rápida a desastres naturais. A preservação de vidas humanas e a segurança das comunidades devem ser prioridades permanentes, para que tragédias como esta não se repitam.