A Azul Linhas Aéreas anunciou a suspensão de operações em 14 cidades brasileiras, com cancelamentos que começaram em 13 de fevereiro e se estenderão até o final de março de 2025. A decisão afeta municípios de todas as regiões do país e inclui ainda a redução de voos em outras duas cidades.
O processo de suspensão dos voos acontece em três etapas. A primeira já ocorreu em 13 de fevereiro, quando quatro cidades cearenses perderam suas operações: Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatu. A segunda fase acontecerá em 10 de março, afetando nove municípios, incluindo Campos (RJ), Mossoró (RN) e Rio Verde (GO). A última etapa está prevista para 31 de março, com a suspensão das operações em Ponta Grossa (PR).
Além das suspensões totais, a companhia aérea realizará ajustes operacionais em Cabo Frio (RJ) e Caldas Novas (GO), onde os voos passarão a ser sazonais, funcionando apenas durante a alta temporada turística a partir de 31 de março.
A empresa justifica as mudanças citando uma combinação de fatores econômicos e operacionais. Entre os motivos apresentados estão o aumento dos custos operacionais, provocado pela crise global na cadeia de suprimentos, a valorização do dólar e questões relacionadas à disponibilidade de aeronaves.
Para minimizar os transtornos, a Azul garante que todos os clientes afetados serão comunicados antecipadamente sobre as mudanças e receberão a assistência necessária, seguindo as regulamentações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As alterações na malha aérea da companhia acontecem em um momento significativo para o setor. No início de 2025, o Grupo Abra, que controla a Gol e a Avianca, anunciou negociações para uma possível fusão com a Azul, em uma operação que poderia transformar o cenário da aviação comercial brasileira.
A reorganização das rotas representa um desafio para as comunidades afetadas, que terão sua conectividade aérea reduzida. O impacto será especialmente sentido em cidades menores, onde a Azul era uma das principais ou única opção de transporte aéreo, afetando não apenas passageiros, mas também o desenvolvimento econômico local.