Um padre de Divinópolis, Minas Gerais, conquistou as redes sociais ao publicar uma nota de esclarecimento inusitada negando a realização de batizados e outros rituais religiosos para bonecas reborn. O padre Chrystian Shankar, conhecido por sua comunicação diferenciada e que conta com mais de 3,7 milhões de seguidores, usou o humor para abordar o tema que tem gerado debates nas redes sociais.
Em sua publicação, que já alcançou mais de 374 mil curtidas e 75,4 mil compartilhamentos, o religioso deixou claro que não realiza batizados, catequese, primeira comunhão ou orações de libertação para as bonecas hiper-realistas, que podem custar até R$ 9.500. Com tom irreverente, chegou a brincar sobre não celebrar “missa de sétimo dia para reborn que arriou a bateria”.
A manifestação do padre gerou uma onda de comentários bem-humorados entre os internautas, que aproveitaram para fazer piadas sobre “rebornfobia” e questionaram a necessidade de batizar bonecas. Em meio às brincadeiras, Shankar aproveitou para fazer um alerta sério, recomendando que casos assim sejam encaminhados a profissionais de saúde mental.
As bonecas reborn, que impressionam pelo realismo com detalhes como pele macia, veias aparentes e cabelos implantados fio a fio, têm uma história que remonta à Segunda Guerra Mundial. Surgiram quando mães e artesãs europeias, devido à escassez de brinquedos, começaram a modificar bonecas comuns para torná-las mais realistas para as crianças da época.
A repercussão do caso evidencia como o fenômeno das bonecas reborn ultrapassou a função de simples brinquedo, gerando debates sobre os limites entre afeto e comportamento preocupante. O episódio também demonstra como figuras religiosas podem usar as redes sociais para abordar temas sensíveis de forma leve e consciente.