Representantes do Movimento Pró-Vidas da BR-381 voltaram a cobrar providências para reduzir o número de acidentes em pontos críticos da rodovia que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, em Minas Gerais. A solicitação foi apresentada à concessionária responsável pelo trecho, durante reunião com o gerente de Operações, Diego Dutra.
A nova demanda do movimento busca a ampliação da sinalização e adoção de medidas de segurança adicionais nos trechos considerados mais perigosos da estrada. A ação é resultado de um levantamento realizado em parceria com o Serviço Voluntário de Resgate (Sevor) e o grupo Anjos do Asfalto.
Segundo os representantes do movimento, seis pontos da rodovia foram identificados como os mais críticos e com necessidade urgente de intervenção:
– Curva após o ferro velho, em Tanquinho;
– Curva após o corte de pedras;
– Trecho conhecido como “Porteira Amarela”;
– Proximidades da lanchonete Cascata;
– Ponto em frente ao Montanha Lanches;
– Área da “Biquinha” em Bela Vista.
De acordo com o coordenador do Movimento Pró-Vidas, Clésio Gonçalves, o objetivo é transformar a BR-381 de uma “Rodovia da Morte” em uma “Rodovia da Vida”, mesmo antes da conclusão da duplicação do trecho. “Acreditamos que intervenções pontuais e mais sinalização já podem salvar vidas enquanto as obras seguem em andamento”, afirmou.
Nos últimos dois meses, a rodovia registrou diversos acidentes, dois deles com vítimas fatais. No dia 24 de fevereiro, um assessor do deputado federal Padre João perdeu a vida em um dos trechos indicados como perigosos. Em 3 de abril, o presidente do Grupo Voluntário de Resgate G3, Edson Souza, morreu no local após colidir na rodovia.
Em resposta, o gerente de Operações da concessionária, Diego Dutra, informou que algumas ações já estão em curso e outras serão intensificadas nos próximos dias. A empresa não divulgou prazos para as intervenções específicas nos seis pontos indicados, mas afirmou que mantém diálogo aberto com os representantes do movimento.
A BR-381 é conhecida por seu alto índice de acidentes e, apesar das obras de duplicação em andamento, comunidades locais e grupos de resgate alertam que intervenções emergenciais são fundamentais para preservar vidas no curto prazo.