Cinco novos casais de mutuns-do-sudeste foram reintegrados à natureza na última quarta-feira (3), em uma área protegida do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), em Bom Jesus do Galho. A ação, liderada pela Sociedade de Pesquisa do Manejo e Reprodução da Fauna Silvestre (Crax Brasil) em parceria com a Cenibra, marca mais um avanço na luta pela preservação dessa espécie ameaçada de extinção.
A soltura ocorreu com o apoio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), responsável pela gestão do parque, um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica de Minas Gerais. Com essa nova etapa, chega a 259 o número total de mutuns-do-sudeste devolvidos ao seu habitat desde o início do projeto.
Para Roberto Azeredo, presidente da Crax Brasil, cada nova soltura reforça a importância do trabalho contínuo de conservação. “Resultados consistentes como esses infelizmente ainda são raros, mas demonstram que é possível reverter o caminho da extinção. Isso deve servir de inspiração para outras iniciativas em prol da biodiversidade”, destaca Azeredo.
O mutum-do-sudeste é uma ave de grande porte, símbolo das matas atlânticas e fundamental para o equilíbrio ecológico, especialmente por seu papel na dispersão de sementes. A reintrodução da espécie em áreas protegidas representa não apenas uma vitória para a fauna brasileira, mas também um passo significativo para a restauração de ecossistemas fragilizados.
A soltura de casais de mutum propicia a reprodução e reforça a população da espécie no ambiente natural. “Essas iniciativas fazem com que a comunidade de fauna local esteja cada vez mais próxima ao que era décadas atrás”, destaca Thales Claussem, analista ambiental da Cenibra e responsável técnico do projeto Mutum.
Declarado como Patrimônio da Biodiversidade e Animal Símbolo do município de Ipaba, em 2024, o mutum-do-sudeste (Craxblumenbachii) desempenha papel fundamental como dispersor de sementes de frutos grandes, contribuindo diretamente para a regeneração e a conectividade de fragmentos florestais.
PROJETO MUTUM: 35 ANOS DE CONSERVAÇÃO
Desde 1990, a Cenibra, em parceria com a Crax Brasil, desenvolve o Projeto Mutum na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Macedônia, em Ipaba/MG. O projeto tem como objetivo principal a reintrodução de aves silvestres ameaçadas de extinção em seu habitat natural.
O Projeto Mutum já reintroduziu mais de 500 aves de sete espécies diferentes na natureza: mutum-do-sudeste (Craxblumenbachii), macuco (Tinamussolitarius), capoeira (Odontophoruscapueira), jaó-do-sul (Crypturellus n. noctivagus), inhambuaçu (Crypturellusobsoletus), jacuaçu (Penelope obscura bronzina) e jacutinga (Aburria jacutinga). Esse trabalho pioneiro, aliado ao manejo sustentável e à educação ambiental, tornou-se referência nacional e internacional na conservação de cracídeos.
SOBRE A CENIBRA
Localizada no leste de Minas Gerais, a Celulose Nipo-Brasileira S.A. (Cenibra), opera com uma unidade industrial no município de Belo Oriente (MG), com duas linhas de produção de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto e capacidade instalada de 1.200.000 toneladas/ano. A Empresa está presente em mais de 80 municípios mineiros, gerando mais de 8 mil empregos diretos. É a primeira empresa do setor florestal reconhecida pela Certificação LIFE por seu compromisso com a conservação da biodiversidade.
SOBRE A CRAX BRASIL
A Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre (Crax Brasil) é uma entidade de viés científico que atua desde 1987 na conservação, reprodução e reintrodução de aves ameaçadas de extinção. Em parceria com a Cenibra, a Crax Brasil é responsável pelo Projeto Mutum, um dos mais longevos e bem-sucedidos programas de reintrodução de espécies no Brasil, contribuindo para a preservação da biodiversidade e tornando-se referência nacional e internacional.
Mais informações:comunicacaocorporativa@cenibra.com.br| 0800 283 3829