O governo dos Estados Unidos elevou a recompensa pela captura do presidente venezuelano Nicolás Maduro para US$ 25 milhões (R$ 152 milhões), em uma nova ofensiva contra o regime chavista. O anúncio ocorreu durante a cerimônia de posse do líder venezuelano para mais um mandato de seis anos em Caracas, após eleições contestadas internacionalmente.
A medida faz parte de um pacote de sanções que inclui também recompensas por outros membros do alto escalão do governo venezuelano. O Ministro da Justiça Diosdado Cabello teve sua recompensa igualada à de Maduro, enquanto uma nova recompensa de US$ 15 milhões foi estabelecida pela captura do Ministro da Defesa Vladimir Padrino López.
A decisão americana surge em um momento de crescente tensão política na Venezuela. A autoridade eleitoral do país declarou Maduro vencedor das eleições de 28 de julho sem apresentar evidências, enquanto seu oponente, Edmundo González, é reconhecido como presidente eleito tanto pelo atual presidente Joe Biden quanto pelo presidente eleito Donald Trump.
A situação no país sul-americano se agravou após as eleições, com protestos generalizados resultando em mais de 2.400 prisões e 28 mortes. A líder da oposição, María Corina Machado, foi recentemente detida durante manifestações contra o governo. González, que se encontra exilado na Espanha desde setembro, mantém sua promessa de retornar ao país para uma cerimônia de posse paralela.
A administração Biden, que anteriormente havia flexibilizado algumas sanções econômicas na expectativa de eleições livres e justas, agora endurece sua posição contra o regime de Maduro. As acusações contra o presidente venezuelano incluem envolvimento com narcotráfico, embora o governo de Caracas negue veementemente tais alegações.