O Governo de Minas, por meio da Subsecretaria de Prevenção Social à Criminalidade, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), inaugurou no sábado (8), data em que foi comemorada o Dia Internacional da Mulher, a primeira unidade do programa Proteja Minas, voltado para a prevenção e para o enfrentamento à violência contra a mulher. A inauguração foi realizada na nova Unidade de Prevenção à Criminalidade (UPC), localizada em Ubá, na Zona da Mata mineira.
O novo programa, lançado pelo vice-governador Professor Mateus, em janeiro deste ano, tem como objetivo abordar e trabalhar a prevenção desse tipo de crime contra mulheres e meninas. “O Proteja Minas é uma ação focada na redução dos índices de violência contra a mulher. O que diferencia este projeto dos demais já em funcionamento é sua abordagem, que vai além da recepção e acolhimento da mulher vítima de violência”, ressaltou o vice-governador, durante a cerimônia de lançamento do Proteja Minas.
O novo programa atua não apenas na recepção e acolhimento à vítima de violência, mas atua também de forma preventiva, atendendo mulheres que estão em possível situação de risco e evitando que potenciais agressores desenvolvam comportamentos violentos. “Nosso objetivo é chegar antes que a violência aconteça. Nosso compromisso vai além da intervenção imediata. Trabalhamos a prevenção transgeracional, promovendo ações que fortaleçam meninas e ensinem meninos não apenas a não se tornarem agressores, mas a serem agentes ativos na construção de um ambiente seguro e respeitoso”, explica a subsecretária de Prevenção Social à Criminalidade, Christiana Dornas.
Os atendimentos ocorrem tanto de formas individuais, para acolhimento e/ou acompanhamento até o encaminhamento das mulheres para a rede parceira quanto coletivos, com a realização de oficinas, grupos reflexivos para mulheres em situação de violência, rodas de conversa, palestras e fóruns. As rodas de conversa, palestras e fóruns vão também alcançar escolas, associações de bairros, entre outros, buscando alcançar meninas e mulheres que não têm histórico de violência, para criar uma rede de prevenção, proteção e informação desde a infância e adolescência.
PILOTO
A escolha de Ubá como piloto ocorreu a partir de um índice desenvolvido pelo Observatório de Segurança Pública da Sejusp que considera dois aspectos entre cidades com mais de 100 mil habitantes: taxas de feminicídio e violência doméstica, além da ausência ou presença de equipamentos especializados de proteção à mulher. O trabalho conta com o apoio da prefeitura local e também das forças de segurança e de toda a rede de proteção social.
Atendimentos diretos, voltados para elas, vão ocorrer por meio das Unidades de Prevenção à Criminalidade instaladas em cidades de todo o estado. Essas abordagens serão realizadas por equipes multidisciplinares de psicólogos, assistentes sociais e profissionais do Direito.