Na manhã desta quarta-feira (29), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou os prefeitos e governadores que anunciaram o não seguimento da orientação da pasta para a vacinação infantil. A recomendação do Ministério é que a vacina seja aplicada em crianças de 5 a 11 anos apenas com prescrição médica.
– Governadores falam em [não exigir] prescrição [médica], prefeitos falam em [não exigir] prescrição. Pelo que eu sei, a grande maioria deles não é médico, então eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais – afirmou o ministro.
CONSULTA PÚBLICA
Queiroga considera que a vacinação em crianças contra a Covid-19, aprovada pela Anvisa com dose reduzida do imunizante da Pfizer, é “assunto pacificado” e voltou a exaltar a consulta pública organizada pela pasta.
– Isso é um assunto já pacificado. A recomendação do Ministério [da Saúde] está aí para que todos os brasileiros tomem conhecimento, para que a sociedade civil possa se manifestar. A consulta pública é um instrumento da democracia, amplia a discussão sobre o tema e dá mais tranquilidade aos pais para que eles possam levar os seus filhos às salas de vacinação – disse.
Mesmo com a posição do ministério, o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde divulgou uma “carta de Natal às crianças do Brasil” no último dia 24 afirmando que, quando a campanha de vacinação infantil iniciar, “não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina”. Não ficou claro, porém, se a autorização dos pais será exigida.