A VPK Farma, distribuidora habilitada a importar, fracionar, distribuir e armazenar insumos farmacêuticos, acaba de ser adquirida pela Coopermag, cooperativa de farmácias de manipulação. Isso significa que a empresa, que atua há 17 anos no mercado, passará a atender os seus cooperados no modelo de negócio cooperativista.
A aquisição de uma distribuidora de insumos já fazia parte do planejamento estratégico da cooperativa. Afinal, há anos o setor de farmácias de manipulação enfrenta um significativo processo inflacionário na cadeia de insumos e restrições de acesso.
Sendo assim, a VPK vem para trabalhar nas lacunas desse mercado, atendendo melhor as necessidades e características das farmácias. “Por meio de pesquisa e suporte de consultores, tudo foi programado para que os donos de farmácias pudessem ter a sua própria distribuidora de insumos”, enfatiza Alessandro De Martino, diretor executivo da Coopermag.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Coopermag, Carlos Alberto Pinto de Oliveira, o enfrentamento ao coronavírus dificultou, ainda mais, a realização de alguns processos internacionais já existentes. Dessa forma, a compra da VPK Farma chega em um momento importante. “Na pandemia, houve a ruptura no fornecimento de alguns insumos. Além disso, o segmento já vinha enfrentando algumas dificuldades em suprimentos, como um fracionamento com quantidades não apropriadas ao porte das farmácias. Outra questão era o pedido mínimo necessário para faturamento. Sem contar que, muitas vezes, os insumos desejados e/ou necessários não estavam disponíveis ou, quando disponíveis, em condições comerciais desfavoráveis”, comenta.
Assim, a cooperativa estará focada para possibilitar um pedido mínimo com um valor menor (em reais), oferecer menor quantidade fracionada, oferecer acesso a insumos inovadores, facilitar o acesso de Insumos farmacêuticos ativos e, principalmente, oferecer ao cooperado a possibilidade de definir o portfólio de insumos oferecidos pela empresa.
É importante entender que, mesmo com as dificuldades econômicas dos últimos anos, o segmento de farmácias magistrais registrou bons números. Segundo Carlos Alberto, 84% das farmácias nacionais do mercado contam com mais de três anos e meio de atuação. “É um setor resiliente. Não tem alto índice de mortandade de empresas”, afirma. Além dessa estabilidade, há um crescimento de novos estabelecimentos farmacêuticos. “De 2016 até 2021, tivemos um aumento de números de lojas de 15%. Isso mostra que se dermos condições, esse é um setor que tende a crescer e empregar mais pessoas. Além de contribuir com a arrecadação do governo e beneficiar a sociedade, que passa a ter acesso a produtos que atendam suas individualidades e demandas.”
Tudo isso deve exercer impacto direto na dinâmica da cooperativa de farmácias de manipulação, já que com a chegada da VPK Farma é esperado um crescimento significativo. “A Coopermag nasceu originalmente com 125 fundadores e, durante boa parte de 2021, apenas em fase de projeto, atingimos 600 cooperados. Então, agora, com a aquisição de 100% de uma distribuidora de insumos, existe uma expectativa de que, ao final de 2022, sejamos mais de 1000 farmácias cooperadas. Já, ao final de 2023 a expectativa é de termos 2000 cooperados”, afirma Carlos.