Com as mudanças recentes nas regras eleitorais e a proibição de que campanhas recebam recursos de empresas, uma parte considerável das verbas de diversas candidaturas passou a ser originada de doações feitas por pessoas físicas. Na atual eleição, os presidenciáveis já receberam, somados, mais de R$ 660 mil oriundos desse tipo de repasse até esta quinta-feira (25).
Apesar de não ter a candidatura presidencial garantida em virtude de um imbróglio envolvendo seu partido, o coach Pablo Marçal (Pros) é o líder em recursos recebidos de pessoas físicas. O empresário já arrecadou R$ 485.308,90. Por outro lado, oito presidenciáveis ainda não registraram quantias provenientes desse tipo de doação.
A maior contribuição para a campanha do representante do PROS foi feita pelo empresário Marcos Paulo de Oliveira, que repassou R$ 459 mil. Além dessa quantia, o coach recebeu outros R$ 26 mil por meio de nove doações.
O segundo colocado da lista é o presidente Jair Bolsonaro (PL). Até esta quinta, o chefe do Executivo já havia recebido R$ 175.305,88 a partir de doações feitas por 49 pessoas. Os valores vão de R$ 5 até R$ 60 mil. O maior repasse, dividido em três transferências de R$ 20 mil, foi feito pelo empresário Ronaldo Venceslau Rodrigues da Cunha.
Na sequência, com apenas uma doação recebida, aparecem o ex-governador Ciro Gomes e o ex-presidente Lula (PT). No caso de Ciro, uma doação de R$ 1 mil foi feita pelo secretário-executivo da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos de Fortaleza, Laudelio Antonio de Oliveira Bastos.
Lula, por sua vez, recebeu apenas um repasse de R$ 300 feito por Usiel Rios, que, até o último dia 10 de agosto, era funcionário do gabinete do deputado federal Márcio Macêdo (PT-SE). O parlamentar é tesoureiro da campanha do petista ao Planalto.
Até a publicação desta reportagem, os candidatos Felipe D’Avila (Novo), Léo Péricles (Unidade Popular), Simone Tebet (MDB), Vera (PSTU) e Soraya Thronicke (União) não registraram doações de pessoas físicas. Já os postulantes Constituinte Eymael (Democracia Cristã), Roberto Jefferson (PTB) e Sofia Manzano (PCB) ainda não prestaram contas à Justiça Eleitoral.
Com informações do Pleno.News