Os drones podem ser fortes aliados no reforço da segurança em unidades prisionais e, para que haja o correto manuseio desses equipamentos tecnológicos, é importante que o operador tenha uma qualificação técnica. Em razão da expertise da Polícia Penal de Minas Gerais no cenário aéreo não tripulado, com uma resolução própria e atuação efetiva na utilização dessas aeronaves, policiais penais do Grupamento de Patrulha Aérea (Gpaer) do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) estão capacitando 20 policiais penais de dez estados da federação: Ceará, Acre, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Bahia, Rondônia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná.
A iniciativa foi pensada após a reunião integrada do Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), em maio deste ano em Brasília, na qual foram apresentadas as práticas que vêm dando certo em todos os estados da federação; e o Sistema Integrado de Patrulhamento Aéreo – Sispaer do Depen-MG foi colocado como destaque de boas práticas no âmbito da segurança externa, por meio de patrulhamentos aéreos, estabelecendo uma vantagem estratégica na prevenção da segurança no perímetro externo.
O diretor-geral do Depen-MG, Rodrigo Machado, considera que isso seja motivo de orgulho para a Polícia Penal de Minas Gerais.
“Com as ações de referência em patrulhamento aéreo por meio de drones, conseguimos atuar na capacitação de policiais penais que compõem a unidade federativa do Brasil. É uma honra e um momento importante da nossa carreira poder contribuir para a formação desses profissionais que atuam na segurança pública dos entes federados”, salientou.
A CAPACITAÇÃO
Os participantes do Curso de Formação Técnica Profissional de Pilotos de RPAS (Remotely Piloted Aircraft System) passaram por capacitação na modalidade de educação a distância (EAD) e estão agora na fase presencial, sendo o total de 154 horas-aula – 114 horas de EAD e 40 horas presenciais, incluindo partes teórica e prática. O treinamento busca estabelecer os critérios e normas, conforme aplicação do Manual do Comando da Aeronáutica 56-4.
O Depen Nacional foi um articulador entre as forças e os estados arcaram com os custos de deslocamento dos policiais selecionados pelos gestores das regiões participantes, considerando o aproveitamento de áreas que tenham ligação com a aplicação de aeronaves não tripuladas.
O policial penal César Sá integra a turma. Ele faz parte da Divisão de Operação Aérea do Departamento de Polícia Penal do Paraná e parabenizou a iniciativa. “É realmente muito importante divulgar esse tipo de tecnologia. As RPAS são recursos tecnológicos avançados, importantes para o combate ao crime organizado, arremesso de ilícitos e verificação estrutural. Equipamentos aparentemente caros, mas que para o estado darão um grande retorno”, enfatizou.
O coordenador de Operações com Aeronaves Remotamente Pilotadas (Coarp) do Depen- MG, Ramon Dorneles, afirma que a iniciativa tem uma importante missão na difusão de conhecimentos e da troca de experiências no modelo aéreo não tripulando, construindo um cenário de desenvolvimento tecnológico mútuo entre as Polícias Penais de todo o Brasil no combate ao crime organizado.
“Havendo novas demandas de capacitação, a Coordenação de Operações com Aeronaves Remotamente Pilotadas (Coarp) do Depen- MG estará disponível para realizar a multiplicação de conhecimentos e fortalecer, ainda mais, a segurança como um todo”, conclui.