O governo do presidente Lula (PT) trocou o secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em meio à crise provocada pelos atos do dia 8 de janeiro.
Foi exonerado do cargo o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, que passará à situação de adido do gabinete do comandante do Exército. O oficial é muito próximo e considerado homem de confiança do ex-chefe do GSI no governo Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno.
Devido a ausência de Lula no país, o documento foi assinado pelo vice-presidente em exercício Geraldo Alckimin (PSB) e pelo ministro da Defesa, José Múcio. A decisão consta no Diário Oficial da União desta segunda-feira (23).
De acordo com informações da Folhapress, o motivo da troca é a proximidade de Carlos José com o ex-chefe do GSI, o general Augusto Heleno, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
A decisão de integrar Nigri como secretário-executivo ocorre devido ao seu histórico nas atividades das Forças Armadas, quando ele atuava no gabinete do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas. Ele também chefiou Missões de Paz e Aviação, atuou como inspetor-geral das Polícias Militares e comandou a Aviação do Exército em Taubaté, São Paulo.
O governo Lula vem acumulando demissões a militares desde os atos do dia 8 de Janeiro. Até o momento, mais de 80 oficiais foram exonerados de cargos ligados ao Planalto. A ideia é fazer uma espécie de expurgo após a saída de Bolsonaro.