O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou, por meio de nota, que o serviço secreto israelense, Mossad, ajudou a Polícia Federal (PF) do Brasil na operação que prendeu dois suspeitos de planejar ataques terroristas e estariam ligados ao grupo Hezbollah. Segundo o governo de Israel, o grupo criminoso opera em diversos países além do Brasil.
A PF, por meio da Operação Trapiche, deflagrada nessa quarta-feira (8), cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. Os agentes investigam a ação de um grupo terrorista ligado ao Hezbollah.
“O Mossad agradece às autoridades brasileiras por seu papel na prisão da célula terrorista operando sob ordens do Hezbollah, que pretendia lançar um ataque contra alvos da comunidade judaica no Brasil”, destaca um trecho da nota.
As autoridades israelenses defendem que o Hezbollah e o Irã usam o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas para planejar ataques contra alvos israelenses e ocidentais. “O Mossad continuará operando para prevenir esses ataques onde e quando for necessário”, conclui o texto.
ORIENTE MÉDIO
O líder do grupo Hezbollah, Hassan Nasrallah, chegou a defender os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Para ele, as ações foram “corretas, sábias e justas”.
Depois do acirramento do conflito entre Israel e o Hamas, o Hezbollah iniciou uma série de ataques contra o território israelense. No início de novembro, membros do Hezbollah atacaram 19 locais no norte de Israel, instalações militares estão entre os alvos.
O Hezbollah é um grupo de muçulmanos xiitas do Líbano e está, inclusive, presente no Congresso do país.