Por William Saliba
Enquanto nesta terça-feira (19), parte da mídia brasileira repercutia debates internos sobre supostos golpes envolvendo militares e autoridades federais, o cenário internacional vivia um momento de tensão extrema. A notícia de que a Ucrânia realizou ataques com mísseis de longo alcance em território russo repercutiu globalmente, abalando os mercados financeiros e reacendendo temores de uma escalada do conflito.
As principais bolsas de valores americanas e europeias registraram quedas significativas, reflexo da apreensão dos investidores. “A reação do mercado é lógica, dado o aumento das tensões nas últimas 24 horas”, afirmou Andrea Tueni, analista do Saxo Banque France.
O ataque ucraniano, que atingiu uma instalação militar na região de Bryansk, a 115 quilômetros da fronteira, marca uma nova etapa na guerra. Pela primeira vez, a Ucrânia utilizou mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos, fato que evidencia uma mudança estratégica no apoio ocidental. Essa decisão de Washington, segundo especialistas, intensifica os riscos de uma expansão do conflito para além das fronteiras ucranianas.
O episódio também provocou reações contundentes no cenário político dos Estados Unidos. Donald Trump Jr., filho do presidente eleito Donald Trump, criticou duramente a administração Biden. “O complexo industrial militar parece determinado a iniciar a Terceira Guerra Mundial antes que meu pai tenha a chance de promover a paz e salvar vidas”, afirmou ele em publicação no X, antiga rede social Twitter. Trump Jr. classificou a ação como uma “manobra perigosa” dos democratas na Casa Branca.
No lado russo, a resposta não demorou. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, anunciou a revisão da doutrina nuclear do país. Segundo as novas diretrizes assinadas pelo presidente Vladimir Putin, ataques com armamentos ocidentais no território russo podem ser considerados gatilhos para retaliação nuclear.
O mundo observa com apreensão, enquanto as potências trocam movimentos que ampliam o risco de uma guerra global. O cenário atual não apenas ameaça a estabilidade regional, mas coloca em xeque o futuro da humanidade.
Que Deus salve o nosso planeta.