O mês de setembro de 2024 entrou para a história como o mais quente já registrado no Brasil desde o início das medições oficiais em 1961. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelam uma temperatura média de 25,9°C, superando em 1,7°C a média histórica de 24,2°C para o período.
Este novo recorde ultrapassa o anterior, estabelecido em setembro de 2023, quando a temperatura média atingiu 25,8°C. A diferença de 0,1°C entre os dois anos pode parecer pequena, mas é significativa em termos climatológicos, indicando uma tendência de aquecimento progressivo.
O fenômeno não se limita apenas a setembro. Ao longo de 2024, diversos meses têm apresentado temperaturas acima da média, levando especialistas a preverem que este ano poderá figurar entre os cinco mais quentes já registrados no país.
As causas para esse aquecimento são múltiplas e complexas. Fatores como o desmatamento, a urbanização crescente e as mudanças nos padrões de uso do solo contribuem para alterar o clima local e regional. Além disso, o fenômeno global de aquecimento, impulsionado pela emissão de gases de efeito estufa, também exerce influência significativa sobre as temperaturas no Brasil.
Os impactos desse calor recorde são diversos e preocupantes. Na agricultura, culturas sensíveis a altas temperaturas podem sofrer perdas de produtividade. Nas cidades, o aumento do consumo de energia para refrigeração sobrecarrega as redes elétricas. A saúde pública também é afetada, com maior incidência de problemas respiratórios e cardiovasculares, especialmente entre idosos e crianças.
A comunidade científica alerta que, se a tendência de aquecimento persistir, recordes como o de setembro de 2024 podem se tornar cada vez mais frequentes. Isso ressalta a importância de ações coordenadas entre governos, setor privado e sociedade civil para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
O Inmet continua monitorando de perto as condições meteorológicas e climáticas do país. Os dados coletados são fundamentais não apenas para o registro histórico, mas também para orientar políticas públicas e estratégias de adaptação aos novos cenários climáticos que se desenham.
À medida que o ano de 2024 avança, a expectativa é de que mais recordes possam ser quebrados. A comunidade científica e os órgãos governamentais permanecem vigilantes, analisando os dados e buscando compreender melhor os padrões climáticos em constante mudança no Brasil e no mundo.