O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revelou que o governo federal está analisando a possibilidade de reintroduzir o horário de verão no Brasil. A medida, extinta em 2019, é considerada como uma forma de aumentar a confiabilidade do sistema elétrico nacional.
Silveira destacou que a avaliação interna do governo leva em conta não apenas aspectos energéticos, mas também impactos econômicos. “Estamos em uma fase de avaliação da necessidade ou não do horário de verão. Além da questão energética, há outros efeitos que precisam ser avaliados, como o impacto na economia”, afirmou o ministro em conversa com jornalistas.
O horário de verão, que consistia no adiantamento dos relógios em uma hora, foi implementado originalmente com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica durante o horário de pico. A lógica por trás da medida era diminuir a pressão sobre o sistema elétrico e, consequentemente, reduzir o uso de fontes de energia mais caras.
No entanto, a política foi descontinuada em abril de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. Na época, o Ministério de Minas e Energia argumentou que, apesar do melhor aproveitamento da luz natural, o aumento no uso de equipamentos como ar-condicionado havia anulado os benefícios iniciais de redução da demanda energética.
Agora, o governo atual reavalia a situação, considerando não apenas os aspectos energéticos, mas também os possíveis benefícios para setores econômicos. O ministro Silveira mencionou especificamente o impacto positivo que o horário de verão poderia ter no setor de turismo.
Especialistas em energia argumentam que, com as mudanças nos padrões de consumo e o avanço das tecnologias de geração e distribuição de energia, é necessária uma análise cuidadosa para determinar se o horário de verão ainda é uma medida eficaz para a realidade atual do Brasil.
O ministro não forneceu um prazo para a conclusão desta avaliação, mas a mera consideração do retorno do horário de verão já levanta debates entre a população e os setores afetados. Enquanto alguns veem a medida como uma forma eficaz de economizar energia, outros questionam sua real eficácia e os transtornos causados pela mudança de horário.