Por Edmundo Fraga (*)
Em 1974, o economista americano Arthur Laffer, inconformado com a crescente carga tributária nos EUA, demonstrou através de uma parábola a Curva de Laffer (nome dado em sua homenagem), nela é demonstrado o seguinte fenômeno: quando os tributos ou alíquotas são “muito” elevados, acontece simultaneamente a evasão fiscal (sonegação de impostos), além de fomentar as atividades ilegais, gerando, por sua vez, desestimulo aos negócios, diminuindo também a base da incidência da tributação.
Ou seja, elevar a carga tributária acima do “ponto ideal de tributação” não é a solução para nenhum governo, pois, além da arrecadação do estado cair, o povo acaba pagando e sacrificando desnecessariamente, pelos altos custos econômicos e sociais. Ou seja, acaba enxugando gelo!
O cowboy aqui trata-se de Ronald Reagan, que em 1980, ao ser eleito e reeleito conseguiu reduzir a taxa juros de 73% para 28% nas rendas anuais acima de $ 29.750, ao longo de seus oito anos de governo – a menor taxa desde 1925. Sendo o primeiro governante a aplicar a Curva de Lafer no mundo, reduziu a taxa de desemprego, a inflação e ainda aumentou os rendimentos médios dos americanos.
A partir daí, economistas de todo mundo foram desafiados a descobrir o ponto de equilíbrio: “tributação ótima”, existente na Curva de Laffer de cada país.
O ex-presidente Bolsonaro juntamente com o economista Paulo Guedes (seu posto Ipiranga), adotaram o mesmo princípio da Curva de Laffer. resultando em menor inflação, redução na taxa de juros e maior arrecadação da história brasileira.
O economista, escritor e professor Javier Gerardo Milei (52.º Presidente da Argentina), conhecedor da Curva de Laffer, para surpresa dos mais acéticos, conseguiu reduzir a recessão econômica – que crescia de forma exponencial – e demonstra sinais de recuperação.
Por aqui, o operário e atual presidente da República, juntamente com Fernando Haddad (seu conselheiro econômico), com uma gestão irresponsável e totalmente contrária ao que preconiza Laffer, afunda o Brasil no abismo.
Sem limites e gastando acima do teto, já contabiliza um déficit de R$ 105,2 bilhões das contas públicas entre janeiro e setembro de 2024, superando em 11,5% o valor registrado no mesmo período do ano anterior. Conforme o Impostômetro, no último dia 8 de novembro, os brasileiros já tinham pago de impostos, mais de 3 trilhões de reais.
Analistas acreditam que essa atual gestão fará apenas um ajuste paliativo, empurrando o problema para longe, 2027, quando começará um novo governo.
Eu cheguei a votar há muitos nesse sistema. Hoje, após a internet, consigo ver e enxergar o que é um governo péssimo e irresponsável!
(*) Edmundo Polck Fraga é empresário, fundador e ex-presidente do Kart Clube de Ipatinga