O Vale do Aço concentra 96% dos casos de febre oropouche confirmados em Minas Gerais. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), na segunda-feira (3). Das 72 amostras que testaram positivo para a doença em Minas, 70 são de cidades pertencentes à Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano.
O município de Joanésia tem o maior número de casos, seguida de Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga e Marliéria.
O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), identificou 72 amostras, num total de 427 amostras de casos suspeitos de arboviroses, que apresentaram resultados não detectáveis para dengue, zika e chikungunya, sendo:
1 caso em Congonhas – URS Barbacena
1 caso em Gonzaga – URS Governador Valadares
2 casos em Ipatinga – URS Coronel Fabriciano
26 casos em Coronel Fabriciano – URS Coronel Fabriciano
30 casos em Joanésia – URS Coronel Fabriciano
1 caso em Mariléia – URS Coronel Fabriciano
11 casos em Timóteo – URS Coronel Fabriciano
Outros três casos foram identificados na URS de Belo Horizonte, mas são importados de Santa Catarina, e já notificados ao estado.
As amostras foram coletadas entre os meses de março e abril de 2024 e analisadas em maio.
Como uma estratégia de vigilância ativa, o vírus da oropouche foi pesquisado em amostras coletadas em municípios de 14 das 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do estado: Barbacena, Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Governador Valadares, Januária, Manhuaçu, Montes Claros, Passos, Patos de Minas, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Uberaba e Uberlândia. No entanto, até o momento, os casos confirmados concentram-se em sua grande maioria na região do Vale do Aço.
O QUE É A FEBRE OROPOUCHE
A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
O diagnóstico da arbovirose é clínico, epidemiológico e laboratorial e todo caso com diagnóstico de infecção pelo vírus deve ser notificado pelo município no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A SES-MG esclarece que está acompanhando a evolução dos casos e conduz a devida investigação epidemiológica no estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs-Minas).
Destaca-se ainda que o estado de Minas Gerais não registrou casos ou óbitos por febre oropouche até o ano de 2023.