A Secretaria de Saúde de Ipatinga está intensificando as ações de combate e investigação epidemiológica para prevenir a febre Oropouche. Nestas, segunda (3) e terça-feira (4), profissionais de saúde participam de treinamentos e atualizações sobre a doença, no auditório do Hospital Eliane Martins (HMEM).
Agentes de Combate a Endemias estão atuando em diversos bairros, especialmente nas zonas rurais onde há maior incidência do mosquito. Uma força-tarefa regional está realizando atividades de controle vetorial em várias localidades, incluindo manejo ambiental, tratamento focal com larvicida, remoção de inservíveis e borrifação de imóveis com inseticida residual.
O prefeito Gustavo Nunes destacou que o município está realizando um combate eficaz ao mosquito. “A união e a parceria com os munícipes são essenciais para fortalecer o sistema de saúde e combater doenças endêmicas”, observou.
Enquanto Minas Gerais registrou quase 70 casos da doença, apenas dois foram confirmados em Ipatinga.
VETOR
O principal vetor da febre Oropouche é o borrachudo, mosquito que transmite uma doença com sintomas semelhantes aos da dengue, mas sem histórico de mortalidade. Além de febre e dor muscular, a febre Oropouche pode causar dores de cabeça intensas e diarreia.
A febre Oropouche é causada pelo vírus Oropouche, um arbovírus do gênero Orthobunyavirus. O mosquito vetor, conhecido como “maruim”, “borrachudo” ou “mosquito pólvora”, se reproduz em áreas alagadas e com matéria orgânica em decomposição.
PREVENÇÃO É A CHAVE
A melhor forma de evitar a febre Oropouche e outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya) é o uso de repelentes. As medidas de prevenção são fundamentais, como destaca a médica infectologista Carmelinda Lobato. “O uso de repelentes é muito importante para evitar picadas do mosquito que transmite a doença”, acentuou.
Recomenda-se repelentes à base de dietiltoluamida (DEET) ou picaridina/icaridina. É importante aplicar o protetor solar antes do repelente, aguardando 20 a 30 minutos entre as aplicações.