Por Walter Biancardine (*)
O título desconexo é proposital, pois seria censurado no Brasil em sua versão correta: “O Estado narco-terrorista da América do Sul”. Dada a importância do tema, este artigo está sendo veiculado na portal brasileiro CARTA DE NOTÍCIAS bem como na publicação portuguesa ContraCultura e, dada a censura explícita em terras verde-amarelas, é impossível uma chamada de capa mais evidente – espero que compreendam. Vamos ao caso.
Nada, na terra de ninguém chamada Brasil, é feito por descuido ou incompetência de seus atuais governantes. A sucessão de desastres diplomáticos é proposital e visa, exclusivamente, alijar o país da prestação de conta às outras nações, bem como às pífias e inúteis ONU e OEA. Uma vez feito isso e os embargos comecem, a miséria reinante será fácil e gostosamente apontada como culpa dos “interesses capitalistas e colonizadores” dos demais países – tal como a ditadura cubana ou a de Nicolás Maduro alegam.
Só que pisaram no pé errado: motivado por uma queixa de Dyah Abou Jahjah – terrorista do grupo Hezbollah, escorado pela estranha ONG (Organização Não Governamental, as quais proliferam no Brasil) Hind Rajab Foundation e conhecido também por Karim Hassoun – a juíza brasileira, militante esquerdista e chamada Raquel Soares Chiarelli, emitiu ordem de prisão contra um soldado israelense de férias no Brasil e colocou a Polícia Federal – atualmente apenas uma Gestapo da ditadura – em seu encalço.
Yuval Vagdani é sobrevivente do ataque perpetrado pelo Hamas contra israelenses indefesos e soldado das IDF (Israel Defense Forces), sendo acusado de “suposta participação de genocídio em Gaza”. Outro soldado das Forças de Defesa de Israel, que também sobreviveu ao ataque do Hamas no festival de música Nova em 7 de outubro do ano passado, encerrou às pressas suas férias no Brasil na manhã de domingo, após o Tribunal Federal do país ordenar que a polícia abrisse uma investigação de crimes de guerra contra ele.
O pai do soldado informou ao Canal 12 (canal israelense) que, nesse domingo, um amigo que estava viajando com seu filho, recebeu uma mensagem de um escritório diplomático israelense informando que um mandado de prisão havia sido emitido contra ele – ou seja, o Mossad (serviço de inteligência israelense) já sabia das ações da Justiça brasileira antes que viessem a público.
A advogada da fundação Hind Rajab, Maíra Pinheiro, que encabeçou o pedido contra o soldado israelense no Brasil, já foi presa por pichação e é filiada ao PT (Partido dos Trabalhadores, o mesmo do atual presidente Lula), bem como simpatizante declarada dos grupos terroristas. O Parlamento de Israel faz uma reunião de emergência e confidencial nesta segunda-feira, 6 de janeiro, para discutir a decisão das autoridades do Brasil de investigar um soldado da IDF por supostos crimes de guerra.
O soldado israelense e seu amigo conseguiram fugir para a Argentina, escapando assim da ordem de prisão.
Dan Illouz, parlamentar israelense, afirmou em discurso que o Brasil se tornou um estado patrocinador de terroristas: “O Brasil se tornou um Estado patrocinador de terroristas. Em vez de perseguir terroristas, ela persegue um soldado das FDI – um judeu que sobreviveu a uma cozinha brutal e protege o seu povo. Uma pena que não será perdoada. Israel não ficará de braços cruzados diante da perseguição de seus soldados, e se o Brasil não corrigir seus hábitos, pagará um preço” (sic).
Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, determinou que o Setor Consular do ministério e a embaixada no Brasil entrassem em contato com o soldado da IDF e sua família, para que “o acompanhassem durante todo o evento, até sua rápida e segura partida do Brasil”.
Sempre é bom lembrar que a juíza federal, militante esquerdista que ordenou que a Polícia Federal investigasse o soldado Israelense de férias no Brasil, é a mesma que ordenou a quebra de sigilo dos exames de Covid de Bolsonaro e sua comitiva em 2020, ao retornarem dos EUA.
Outro fato impossível de se esquecer – pois vergonhas são sempre inolvidáveis – é que, em fevereiro de 2024, o presidente brasileiro Lula da Silva fez declarações comparando as ações militares de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista, durante um discurso na cúpula da União Africana em Adis Abeba. Tais declarações foram recebidas com indignação por autoridades israelenses e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou os comentários como “vergonhosos” e “alarmantes”, acusando Lula de trivializar o Holocausto e de minar o direito de Israel à autodefesa. Para completar, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou Lula como “persona non grata”, afirmando que ele não seria bem-vindo em Israel até que se retratasse de suas declarações.
Mas o principal e que jamais poderá ser esquecido é que Israel foi um dos únicos países – sendo o principal, entretanto – a enviar equipes, aparelhos, ferramentas e tecnologia de resgate às vítimas da ruptura da barragem de Brumadinho, MG, nos primeiros dias do governo Bolsonaro. Tais esforços salvaram inúmeras vidas, mas a atual gestão em Brasília não apenas explicita ao mundo vergonhosa ingratidão como, principalmente, seu antissemitismo pró-palestino terrorista.
Tais sentimentos hostis aos judeus unem, inevitavelmente, o presidente Lula a Adolf Hitler: ambos antissemitas e odiados por judeus; ambos fundadores e pertencentes a partidos trabalhistas – PT no Brasil e Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (NSDAP) na Alemanha – , e ambos socialistas.
A única coisa que impede chamá-los de gêmeos univitelinos é que, embora ambos tenham sido presos, Hitler o foi por tentar a tomada armada do poder enquanto Lula foi trancado atrás das grades por conta do maior escândalo de corrupção do planeta – o “Mensalão”. Roubo puro e simples, enfim.
Diante de tais e enormes fatos, resta-nos perguntar até onde vai a esperança da atual narco-ditadura comuno-globalista do Brasil em isolar-se do mundo. Contam com o apoio da Rússia e China? Franquearão o território da maior (em extensão) nação da América do Sul como bases militares a ambos? Permitirão a rapina descarada de nossas riquezas? Ou contam com tal apoio para a consecução do doentio objetivo de formação da tão sonhada “Pátria Grande” (toda a América do Sul sob uma só bandeira, vassala de russos e chineses)?
Como afirmei ao início desta matéria, a bajulação aos ditadores terroristas islâmicos poderá sair cara. Não se brinca com Israel e seu Mossad, bem como não é prudente duvidar de sua enorme influência sobre o stablishment norteamericano. Mexeu com Nethanyahu, mexeu com Trump. E mexeu com Trump, mexeu com todo o mundo ocidental.
Estará a Rússia de Putin disposta a bancar tal aposta? Os ditadores chineses, igualmente, aceitarão tais ônus em suas estratégias e cálculos?
Tal como disse no início, a ditadura brasileira pisou no pé errado.
Agora, é aguardar.