O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria para manter os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento que apura suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão veio após o voto do ministro José Antonio Dias Toffoli, que se juntou aos votos já proferidos pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e pelo ministro Gilmar Mendes.
A votação responde aos recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes, que buscavam a exclusão dos três ministros do processo. Os impetrantes questionavam a imparcialidade dos magistrados para julgar o caso que investiga uma possível articulação para impedir a posse do presidente eleito.
Os ministros citados nos pedidos de suspeição não participaram da votação referente aos próprios impedimentos, seguindo o protocolo do Supremo. A decisão representa uma derrota significativa para a defesa dos acusados, que tentavam modificar a composição do colegiado que analisará a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República.
O julgamento reafirma a posição do STF em manter a configuração original do plenário para análise deste caso de destacada relevância nacional. A decisão fortalece a continuidade do processo judicial que investiga as circunstâncias e responsabilidades relacionadas aos eventos que antecederam a posse presidencial.