A Cenibra desenvolve uma série de ações para monitorar parâmetros ambientais que sirvam como indicadores de qualidade na avaliação e no acompanhamento de suas atividades operacionais. Programas de monitoramento de água, solo, fauna e flora são desenvolvidos em parceria com universidades, organizações não governamentais e empresas especializadas. Os resultados são considerados no planejamento das atividades operacionais, bem como na definição de estratégias de conservação e proteção do patrimônio natural da Empresa, composto por mais de 105 mil hectares de matas nativas.
Entre os programas, destaca-se o de monitoramento da fauna. Desenvolvido desde 2003, o programa já possibilitou o registro de 389 espécies de aves e 69 espécies de mamíferos presentes nas áreas da Cenibra. Destes, 28 espécies de aves e 15 espécies de mamíferos encontram-se registradas em listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção. Esses resultados evidenciam a alta qualidade ambiental das áreas da Cenibra, proporcionada pelas técnicas de manejo florestal, sustentáveis praticadas pela Empresa.
“A diversidade de biótopos – seja florestal, campestre ou ambientes aquáticos – presentes nas propriedades da Cenibra oferecem importantes recursos alimentares para a fauna em geral. A presença de locais disponíveis para abrigo, nidificação, reprodução e dessedentação contribuem para a riqueza faunística observada nas áreas da Empresa”, avalia Edson Valgas, biólogo e especialista do Departamento de Meio Ambiente e Qualidade.
REGIÃO DO ENTORNO DO PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE
As propriedades da Cenibra situadas no entorno do Parque Estadual do Rio Doce (PERD) são consideradas especiais para a Empresa. Além de serem limítrofes ao maior fragmento de Mata Atlântica de Minas Gerais, são banhadas por um recurso hídrico de alta relevância, o Rio Doce, e por dezenas de lagos naturais que compõem o sistema lacustre do médio Rio Doce.
Somente na região do entorno do Perd, onde estão as propriedades Lagoa Bonita, Lagoa Perdida e Lagoa do Jacinto, a Cenibra já registrou a presença de 250 espécies de aves e 37 espécies de mamíferos, das quais 12 espécies de aves e 13 de mamíferos estão ameaçadas de extinção. A maioria dessas espécies foi registrada na mata ciliar do Rio Doce.
Esses resultados evidenciam a contribuição da silvicultura do eucalipto para a manutenção da biodiversidade. Além dos aspectos positivos relacionados à conservação do solo e da água, as florestas de eucalipto têm funcionado como uma matriz permeável entre os corredores formados entre os remanescentes de vegetação nativa, permitindo a interação e o fluxo gênico das espécies da fauna.
Neste contexto, as áreas de preservação permanente (APPs) do Rio Doce desempenham uma função ambiental de extrema importância para a conservação da biodiversidade na região do entorno do Perd, pois, além de fornecer alimento e abrigo para a fauna, permitem o fluxo gênico de espécies da fauna e da flora. “Esses serviços ecossistêmicos prestados pelas APPs só são possíveis quando essas áreas estão devidamente preservadas e isentas de intervenções humanas”, conclui Edson Valgas.