Bombeiros de 17 quartéis do Rio de Janeiro estão atuando em duas frentes para combater um incêndio que começou na manhã desta segunda-feira (31), na Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), na avenida Brasil, no bairro de Irajá. Policiais militares do 41ºBPM (Irajá) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) foram deslocados para reforçar o policiamento no local e conter potenciais ações criminosas.
O fogo atingiu dois grandes galpões, que concentram algumas lojas com muito material descartável e garrafas de vidro. Drones e um helicóptero apoiam a operação, fazendo o monitoramento aéreo da principal central de distribuição de alimentos. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras, até o momento não há relato de vítimas.
“Ao chegar ao local, a gente terminou de retirar as pessoas que não estavam conseguindo sair. Nossa ambulância até o momento não registrou vítimas do incêndio. A gente está trabalhando no controle do incêndio”, disse à Agência Brasil.
Enquanto umas equipes fazem o combate na parte externa, outras enfrentam o fogo no interior das lojas atingidas. Entre os quartéis presentes ao local estão o de Duque de Caxias (14º GBM), de Campinho (8º GBM), da Penha (28º GBM), do Méier (2º GBM), da Ilha do Governador (19º GBM), de Jacarepaguá (12º GBM), de Nova Iguaçu (4º GBM) e do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS).
FOCO
“A frente externa é a que se observa nas imagens, onde estamos utilizando escadas aéreas e as plataformas que jogam água justamente para resfriar a estrutura para não ter risco para a parte de cima do telhado cair e as paredes desmoronarem. Essa água é para proteger aquilo que ainda resta no local dos galpões. A outra frente de trabalho é de nossos bombeiros que estão atuando diretamente no foco onde estão o material descartável e as garrafas. Esse combate tem que ser feito de dentro, então, a gente tem umas equipes que estão entrando nos galpões buscando os locais para o combate diretamente. É claro que essas equipes precisam usar material especial, como os equipamentos de proteção respiratória. Elas conseguem entrar no local com segurança”, explicou o porta-voz.
Ele disse que os trabalhos conseguiram restringir o incêndio à área dos galpões para evitar que o fogo se alastrasse. “A gente está trabalhando sem a hipótese de propagação. Os focos estão concentrados em dois pontos dentro dos galpões e, no momento, não há propagação na última hora de incêndio. Estamos concentrando os combates e os esforços nestes dois focos nos galpões”, observou.
De acordo com o major, ainda não é possível saber a causa do incêndio. “No momento, não é possível. A gente vai depois solicitar a perícia para averiguar quais foram as circunstâncias. O momento agora é de tentar extinguir o quanto antes o incêndio e devolver a normalidade para os comerciantes da região. Assim que o trabalho for concluído, vamos pedir a presença da Defesa Civil para verificar se a estrutura do local foi comprometida”, afirmou.
O porta-voz lembrou que a corporação recebeu o chamado às 9h42 e o primeiro a chegar ao local foi o quartel de Irajá (24º GBM), que fica na entrada da Ceasa, por isso, ele contestou a possibilidade de atraso dos bombeiros.
“É uma unidade que tem uma viatura de combate a incêndio e um caminhão-pipa e [ele] já fica aqui porque a gente sabe que a Ceasa tem histórico de grandes incêndios”, disse, acrescentando que, após chegar ao local, a guarnição avalia o tamanho do incêndio e, se necessário, pede apoio.