A galeria do Centro Cultural da Fundação Aperam Acesita abriga a exposição Contemporâneos, que leva a arte das ruas para o espaço, apresentando trabalhos de 16 artistas do Vale do Aço. A mostra coletiva foi lançada na noite da última sexta-feira (6), com a presença de convidados e familiares dos artistas, e pode ser visitada até o dia 15 de novembro, de segunda a sexta, das 8h às 11h e de 13h às 17h30, (exceto feriados).
A exposição Contemporâneo é composta por painéis e quadros, com recorte singular dos murais pintados pelas ruas do Vale do Aço, dos artistas Brigadeiro Verissímo, Cisco, Dyowlly.Ink, Flávio Quintão Silva, Foguinho – Deivison Talis, Gunther, Ítalo Nanais, Jamaica Tatuagens, Kadu Rnz, Marcel Teodoro, Marcello Pit, Rodrigo Frami, Samira Valentina Salazar Villarroel, Silas Oliveira Rosa e Thiago Moska.
Para o presidente da Fundação Aperam Acesita, Venilson Vitorino, a mostra Contemporâneos enriquece a diversidade cultural já presente no casarão histórico que abriga a Fundação Aperam. “Pela segunda vez recebemos uma exposição de graffiti e esta é uma oportunidade incrível de conhecer melhor a arte urbana. Temos muitos talentos no Vale do Aço e a nossa missão é valorizá-los e apreciar cada forma de expressão artística para fortalecer a cultura da nossa região”, frisou.
“O graffiti é uma arte muito independente, cada artista de rua produz sozinho com os recursos que tem. Pela primeira vez, este grupo de artistas, puderam ocupar uma galeria, e serem reconhecidos pelo trabalho que fazemos nas ruas. Sermos recebidos neste espaço da Fundação Aperam e termos a liberdade de criar obras com os temas que nos inspiram, é um abraço à nossa arte”, declarou o artista visual Jamaica Tatuagens, que idealizou a exposição juntamente com a Fundação Aperam.
Deivison Talis, o Foguinho, é produtor e empreendedor, além de artista visual. “Cada graffiti que fazemos abre portas para novos trabalhos e desperta o interesse nas pessoas de conhecer mais. Expor em uma galeria, pela primeira vez, é uma experiência inigualável. Um misto de emoção, gratidão e muita expectativa de conquistarmos mais visibildade”, declarou.
O artista visual e produtor Marcel Teodoro se inspirou em murais já produzidos em Ipatinga, ao lado de Foguinho. “A presença do artista de graffiti em espaços que ainda não esteve é uma oportunidade de visibilidade ímpar. Ainda não conseguimos viver da nossa arte, mas aos poucos vamos criando projetos para que a arte underground seja reconhecida”, defendeu.
A abertura da exposição Contemporâneos, marcou também o início da programação especial do mês de outubro, mês que é celebrado os 29 anos do Centro Cultural da Fundação Aperam Acesita e também os 79 anos da Aperam.
Durante todo o mês as mais diversas formas de expressões artísticas estarão reunidas no Festival CelebrArte, com shows musicais, teatro e cinema, além desta belíssima exposição que compõe a programação. O CelebrArte é uma ação da 17ª Edição do ENARTCi – Circulação, uma iniciativa conjunta da Fundação Aperam Acesita, Hibridus Dança e Governo de Minas, com o patrocínio da Aperam através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.
NOSSA ATUAÇÃO PARA AS RUAS
Do lado de fora da Fundação Aperam Acesita, o paredão de mais de 30 metros que faz esquina com a entrada da Portaria 2 da usina da Aperam ganhou um graffiti representativo. De um lado, cores, imagens e textos representam as áreas de atuação da Fundação Aperam, do outro figuram imagens do Alto-forno da usina e as metas de sustentabilidade da indústria.
O mural que traz as metas de sustentabilidade da Aperam foi inaugurado pela diretoria da Empresa na tarde de quinta-feira (05/10). Participaram da inauguração o presidente Frederico Ayres e os diretores Paulo Novais, Rodrigo Heronville, Humberto Marin, juntamente com o presidente da Fundação Aperam Venilson Vitorino e a coordenadora de projetos da Fundação Aperam Kelly Soares.
O mural foi criado pelos artistas Jamaica Tatuagens e Mateus O Grilo e integra a exposição Contemporâneos. “Trouxemos para a galeria o que pintamos nas ruas e tivemos também a missão de levar um pouco da Fundação e da Aperam para as ruas. Essa troca deixou essa experiência mais rica pra gente”, comentou Jamaica. “Conseguimos levar leveza para quem entra e sai da Usina. É muito legal ver a interação dos colaboradores e pessoas que passam pela rua com a nossa arte. Acredito que seja uma forma de mudar a visão sobre o graffiti”, completou O Grilo.