A CNN Brasil vive um momento de grande indefinição sobre o seu futuro no médio e longo prazo. Uma mudança de endereço e até mesmo de nome podem acontecer em breve. As negociações com os donos da marca nos Estados Unidos para reduzir os valores pagos pelo seu uso estão em andamento, e não houve sucesso nas tentativas.
Atualmente, há um contrato em vigor de licenciamento da marca no Brasil, assinado em 2019. Ele é válido por 15 anos e está nome da Novus Mídia, nome fantasia da CNN no Brasil.
A cada três anos, precisam ser desembolsados US$ 12 milhões (R$ 59,5 milhões no câmbio atual) para a Warner Bros Discovery, dona da marca mundialmente. O comando da CNN deseja reduzir este valor para algo mais palpável para a realidade do mercado brasileiro.
Se não for possível, outras opções estão sendo estudadas. No mês passado, a agência Quast, a pedido da holding Conedi Family Office, que pertence a Rubens Menin, dono da CNN Brasil, fez uma pesquisa com assinantes de TV por assinatura para saber qual o nível de conhecimento da Itatiaia, outra empresa de mídia que pertence ao grupo.
O F5 teve acesso a imagens de perguntas que foram feitas pela Quast para entrevistados. Em uma delas, se pergunta se a Itatiaia é um veículo de credibilidade para estar na TV paga.
No escritório de Brasília (DF), curiosamente, CNN Brasil e Itatiaia já dividem o mesmo espaço de trabalho. Procurada pela reportagem, a CNN Brasil diz que não há planos para mudança de nome.
Na semana passada, após as demissões de Rafael Colombo, Janaína Paschoal, Marco Antônio Villa e Roberto Nonato, o executivo Virgílio Abranches, atual vice-presidente de Jornalismo e Operações da CNN Brasil, se reuniu com a equipe e afirmou que devem acontecer novos cortes nas próximas semanas devido a uma economia de gastos.
Existe a interpretação nos bastidores de que se gastou muito nos primeiros dois anos de CNN Brasil e que o retorno comercial não esteve à altura do esperado. A sede atual, localizada na Avenida Paulista, é considerada um exagero, em termos de investimento. Na mesma reunião, dias atrás, Abranches admitiu que existe a procura por uma nova sede mais espaçosa e que custe menos do que a atual.