A duplicação da BR-381 e todas as suas variantes foi discutida na 54ª reunião da Agenda de Convergência para o Desenvolvimento do Vale do Aço realizada nesta segunda-feira (25) na sede da Fiemg Regional Vale do Aço, em Ipatinga.
O presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Luís Baldez e o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Minas Gerais, Antônio Gabriel dos Santos foram convidados a abordar o tema.
Baldez, que acompanhou a reunião virtualmente, falou sobre o modelo de concessão e os aspectos mais relevantes do processo, além da necessidade de manter o interesse do setor privado para concessão, reforçando a atuação do Dnit como elo importante na viabilidade da concessão. “A Anut mantém o conceito de que a BR-381 é uma das mais importantes artérias rodoviárias do país e de Minas Gerais. Sua concessão é fundamental para a redução do custo logístico. Temos conversado com o Ministério dos Transportes, com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e com o TCU para demonstrar nosso total apoio ao projeto. O Dnit tem papel fundamental no apoio às obras, à engenharia e aos riscos geológicos”, explicou.
Luciano Araújo, coordenador da Agenda de Convergência e do Movimento Nova 381, externou a preocupação da falta de manutenção com a vinda do período chuvoso e com a proximidade da data do leilão para concessão, de uma nova interrupção da rodovia. “Solicitamos ao Dnit um contrato de manutenção, enquanto a nova empresa não assuma, a fim de que tenhamos a garantia para que a estrada esteja transitável”, pontuou.
Reforçou o quanto a 381 tem tirado a competitividade das indústrias da região. “A falta de uma rodovia adequada reduz a competitividade das empresas já instaladas na região, que tem como atrativos, matéria-prima de qualidade e mão de obra qualificada. Para nós, a duplicação da BR-381 é questão de sobrevivência e de competitividade”, ressaltou.
Lembrou ainda que, há cerca de dois anos, a interdição de um trecho da BR-381 por causa de uma queda de barreira próxima aos municípios de Antônio Dias e Nova Era, na época de chuva, chegou a dar um prejuízo de mais de R$ 2 milhões por dia para algumas empresas. O motivo foi o acréscimo de 200 quilômetros no percurso de Ipatinga a Belo Horizonte. “Isso é só um exemplo de prejuízo”, relatou.
Antônio Gabriel dos Santos justificou que o Dnit aguarda a concessão para que investimentos sejam feitos. “Temos atuado para corrigir os problemas geológicos que tivemos. Queremos fazer uma contratação nos próximos meses para começar um estudo mais aprofundado e a correção propriamente dita, concomitantemente, ter as empresas para fazer uma situação de escaldo, evitando um agravamento e interrupção da rodovia com o período chuvoso. Ao mesmo tempo, faremos a manutenção rotineira da rodovia e finalizando os contratos dos trechos que foram duplicados e estão em estado bem avançado com o serviço de duplicação propriamente dita”, justificou.
O superintendente acredita que a concessionária que será definida em leilão marcado para o dia 24 de novembro seja efetivada. “A concessão é de responsabilidade da ANTT, acreditamos que tendo sucesso é inevitável a duplicação, até porque será uma obrigação da concessionária, acreditamos que a duplicação é um sonho prestes a se realizar”, concluiu.
INTERVENÇÕES
As obras incluem 134 quilômetros de duplicação; 11,68 quilômetros de vias marginais; 43,4 quilômetros de faixas adicionais em pista dupla e 94,9 em pista simples; 152 quilômetros de correções de traçado; uma rampa de escape; e 36 travessias de pedestres.
Acompanhe o andamento da duplicação da BR-381 e os demais projetos dos seis eixos estruturadores da Agenda de Convergência para o Desenvolvimento do Vale do Aço pelo site www.agendadeconvergenciamg.org.br