O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou a jornalistas na tarde de hoje (30), logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formar maioria para sua inelegibilidade. O ex-chefe do Executivo iniciou suas declarações enfatizando que não foi condenado por corrupção.
“Há pouco tempo tentaram me matar em Juiz de Fora, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade”.
Bolsonaro acredita que tenha sido a primeira condenação por abuso e poder político. “Isso é crime? Abuso de poder político? Por defender algo que eu sempre defendi quando parlamentar [o voto impresso]?”, disse.
“Agora Lula vai entrar em campo para ganhar por quase W.O. em 2023”. “Mas isso é democracia”, concluiu.
O ex-presidente falou que “não é o fim da direita no Brasil. Antes de mim ela existia, mas não tinha forma”. “Não vamos desistir do Brasil.”
Bolsonaro também falou sobre ter sido julgado sobre o 8 de janeiro e questionou qual teria sido a sua participação nos atos.
“Dia 30 [de dezembro] eu saí do Brasil e infelizmente aconteceu o 8 de janeiro. Quem fala em golpe não sabe o que é golpe Com todo respeito, é um analfabeto político. Ninguém vai dar golpe com senhorzinhos e senhorinhas com bandeira do Brasil”, disse.
“Lamentamos a depredação do patrimônio público ocorrido. E as pessoas que fizeram isso tem que arcar as suas responsabilidades.”
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria para condenar Bolsonaro e deixá-lo inelegível pelo prazo de oito anos. O voto decisivo foi dado pela ministra Cármen Lúcia.
O placar final ficou em 5 a 2 pela condenação. Confirmada a condenação e a inelegibilidade, Bolsonaro ficará fora das eleições até 2030.