A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a mudança da bandeira tarifária de vermelha para amarela na conta de luz a partir de novembro, resultado do aumento das chuvas registrado em outubro. A medida representa uma redução significativa no valor adicional cobrado dos consumidores, que passa de R$ 7,87 para R$ 1,88 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
O retorno da bandeira amarela reflete a melhoria nas condições de geração de energia no país. As chuvas de outubro contribuíram para elevar o nível dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de energia do Brasil. Esta mudança alivia o sistema que, até então, dependia fortemente das usinas termelétricas, que têm custo de operação mais elevado.
A alteração traz um respiro para o orçamento das famílias brasileiras, que enfrentaram aumentos sucessivos na conta de energia nos últimos meses. O impacto do custo da energia elétrica foi um dos principais fatores para a alta da inflação em setembro, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O sistema de bandeiras tarifárias funciona como um semáforo, indicando o custo real da geração de energia. A bandeira verde não adiciona custos à conta, enquanto a amarela e as vermelhas (patamares 1 e 2) representam acréscimos progressivos, conforme as condições de geração se tornam menos favoráveis.
A expectativa do setor energético é que a situação continue melhorando com o início do período chuvoso. A Aneel realiza mensalmente a avaliação das condições de geração de energia para definir a bandeira tarifária, considerando fatores como o volume das chuvas, nível dos reservatórios e demanda de energia.