Mais de 100 pessoas morreram em um ataque no Irã nesta quarta (3), elevando ainda mais a tensão no Oriente Médio e o risco de um alastramento regional da guerra entre Israel e seus adversários, ora focada no embate entre Tel Aviv e o grupo terrorista Hamas.
A ação mirou uma cerimônia que marcava os quatro anos do assassinato pelos Estados Unidos do principal general iraniano, Qassim Sulemani, morto ao ser alvejado por um drone no aeroporto de Bagdá. Pelo menos 170 pessoas ficaram feridas.
Segundo a agência Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária do Irã, duas bombas escondidas em pastas foram detonadas por controle remoto, uma a cerca de 700 metros do túmulo de Suleimani e outra, a quase 1 km, no cemitério de Kerman (820 km a sudeste de Teerã). Inicialmente, a contagem era de 73 mortos, mas foi refeita.
HEZBOLLAH E O LÍBANO
Um alto funcionário do Hamas, Saleh al-Arouri, morreu em um ataque de drones israelenses no sul de Beirute, no Líbano, de acordo com o próprio Hamas. Israel, contudo, ainda não assumiu oficialmente a responsabilidade.
O Hezbollah, grupo terrorista libanês, afirma que o ataque à capital do país, que matou pelo menos outras seis pessoas, “não passará sem punição”.
De acordo com relato da agência France-Presse, o vice-líder do Hamas foi morto junto com seus guarda-costas, em um ataque direcionado às instalações do grupo palestino nos subúrbios da capital libanesa.
Vivendo exilado no Líbano depois de cumprir 15 anos numa prisão israelense, Al-Arouri, de 57 anos, era sobretudo vice-chefe do gabinete político do Hamas. Além disso, também era um dos fundadores do braço armado do grupo, as Brigadas Qassam.
Mesmo antes do início da guerra, no dia 7 de Outubro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já ameaçava matar al-Arouri. Integrante do grupo palestino desde 1987, Al-Arouri tinha estreita conexão com o Irã e o grupo Hezbollah, no Líbano.
(Com informações dos sites Sociedade Militar e Terra Brasil)