O índice de aprovação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, caiu de 41% para 22% desde o início do governo Lula, acendendo um alerta vermelho no Partido dos Trabalhadores. A pesquisa Genial/Quaest, realizada entre 4 e 9 de dezembro com mais de 8 mil brasileiros, revelou que a rejeição à esposa do presidente aumentou para 28%.
O levantamento mostrou uma deterioração significativa da imagem pública de Janja, mesmo após ela ter mudado sua postura e assumido pautas mais sérias, como o combate à fome. Integrantes do PT demonstram preocupação com o impacto que essa antipatia pode ter sobre a popularidade do presidente Lula, especialmente em um eventual cenário de crise econômica.
A busca por protagonismo e os gastos com viagens e assessores são apontados como fatores que contribuem para a visão negativa da primeira-dama. Segundo análises internas do partido, uma “certa arrogância” em seu discurso também pode estar influenciando a opinião pública. A oposição já considera usar essa impopularidade como instrumento de desgaste do governo.
A equipe da primeira-dama, que já consumiu R$ 1,2 milhão em viagens, também entrou no radar das críticas. Lideranças petistas temem que, em um momento de aperto econômico, esses gastos possam ser explorados politicamente para atingir a gestão Lula. O partido ainda busca entender os motivos da queda acentuada na popularidade de Janja, que perdeu quase metade da aprovação em menos de um ano de governo.