Uma façanha histórica da ciência espacial foi alcançada quando a sonda Parker Solar Probe, da Nasa, conseguiu “tocar o Sol” ao atravessar sua atmosfera externa, revelando dados inéditos sobre o funcionamento da estrela. O feito revoluciona o entendimento sobre a nossa estrela mais próxima e suas influências na Terra.
A sonda mergulhou na corona solar, a camada mais externa do Sol, onde enfrentou temperaturas extremas de até 1,3 milhão de graus Celsius. Durante sua jornada, o equipamento registrou informações cruciais sobre o comportamento do plasma solar e dos campos magnéticos que influenciam diretamente o clima espacial em nosso planeta.
Entre as descobertas mais significativas está a compreensão do mecanismo que aquece a corona solar a temperaturas muito mais elevadas que a superfície do Sol, um enigma que intrigava cientistas há décadas. Os dados coletados também ajudam a entender melhor as explosões solares e suas consequências para as comunicações e sistemas elétricos terrestres.
A missão, que custou cerca de 1,5 bilhão de dólares, utiliza tecnologia de última geração para proteger seus instrumentos do calor extremo. Um escudo térmico especial, feito de carbono reforçado, permite que a sonda opere em condições que nenhum outro equipamento humano jamais suportou.
Cientistas da Nasa destacam que as informações coletadas são fundamentais para aprimorar previsões de eventos solares que podem afetar a Terra. A compreensão desses fenômenos é essencial para proteger satélites, redes de energia e sistemas de comunicação dos efeitos da atividade solar intensa.
A Parker Solar Probe continuará sua missão pelos próximos anos, aproximando-se ainda mais do Sol em futuras órbitas. Cada passagem pela atmosfera solar fornece novos dados que ajudam a desvendar os mistérios de nossa estrela e seu impacto em todo o sistema solar.