Após sua estreia na sede da Associação Nipo-Brasileira de Ipatinga (ANBI), durante as celebrações do Dia da Comunidade Japonesa, o documentário ‘Um Japão nas Entrelinhas’ inicia esta semana um circuito por dez escolas da rede pública municipal. As exibições serão seguidas de rodas de conversa com estudantes e professores, fomentando reflexões sobre identidade, memória e pertencimento.
Dirigido e roteirizado por Sávio Tarso, com proposta original de Nilmar Lage — também responsável pela fotografia e o som direto — o filme foi viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Fundo Municipal de Cultura de Ipatinga. A produção executiva é da Fino Trato, com produção cultural de Leila Cunha e apoio institucional da ANBI, além da acessibilidade em Libras oferecida pela equipe da Ser Libras.
A equipe ainda conta com pesquisa de personagens por Pedro Watanabe, edição de Cristiano Almeida (Praia/Videoclus), still de Rodrigo Zeferino, prestação de contas por Alexandre Vieira e assessoria de comunicação de Goretti Nunes.
A recepção calorosa da comunidade japonesa durante a estreia, em 24 de maio, foi marcada por emoção e reconhecimento. “Eles ficaram muito satisfeitos em terem suas vozes ouvidas e estão curiosos sobre como o restante da cidade vai reagir. Essa exibição foi uma forma de reconhecimento”, afirma o diretor Sávio Tarso.
Mais do que narrar uma história, o documentário revela a influência japonesa na formação urbana e nos valores culturais de Ipatinga — desde as hortas comunitárias e o paisagismo até a disciplina cotidiana e os nomes de ruas. “Queremos que os jovens percebam que vivem em uma cidade profundamente marcada pela cultura japonesa, mesmo que isso passe despercebido à primeira vista”, ressalta o diretor.
Com sessões gratuitas e programação em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Um Japão nas Entrelinhas segue em exibição nas escolas até julho — “celebrando não apenas uma herança, mas um modo de existir entrelaçado na história da cidade”, conclui o diretor.