Antônio Amaro Alves, 61 anos, faleceu neste domingo (13) em Ipatinga, apenas um dia após seu retorno aos palcos interpretando a Irmã Elisa na celebração dos 25 anos do grupo Santinhas do Pau Oco. O ator, que estava afastado há cinco anos devido a problemas de saúde, deixou uma marca profunda no cenário cultural do Vale do Aço.
Com uma trajetória iniciada em 1985, quando fundou o grupo Tangas & Bugigangas, Amaro se destacou como um dos pioneiros do teatro profissional na região. Sua versatilidade o levou a atuar em produções importantes como “Transe”, “A Farsa do Advogado Patellin” e “O Auto da Barca do Inferno”, além de trabalhar com grandes nomes como o diretor Jorge Fernando.
Além da atuação, Amaro desenvolveu uma carreira significativa como escritor, produzindo livros de contos, crônicas e poesias. Entre suas obras teatrais autorais, destacam-se “Diga Hortênsia que Fui ao Norte” e “Clara a Vítima”. Seu último trabalho literário foi o livro “Poesia no Muro”, lançado recentemente.
O artista, que havia sofrido um AVC anos atrás, participou ativamente do movimento cultural regional e foi membro do Conselho Municipal de Cultura. Sua contribuição para as artes extrapolou os limites do teatro, chegando ao cinema com participação no filme “Feliz Ano Novo”, de Selton Melo, com cenas gravadas em Ipatinga.
O velório está sendo realizado na Capela do Cemitério Senhora da Paz, no bairro Veneza, com sepultamento previsto para esta segunda-feira (14), às 15h. A notícia de seu falecimento gerou comoção na comunidade artística local, com diversas homenagens nas redes sociais destacando sua importância para a cultura regional.