A primeira-dama Janja Lula da Silva defendeu sua chegada antecipada ao Japão, em 18 de março, alegando economia de recursos públicos em passagens aéreas e hospedagem. Em entrevista à BBC nesta terça-feira (25), ela afirmou que se hospedou na residência do embaixador brasileiro e viajou com a equipe precursora para reduzir custos.
A justificativa surgiu após questionamentos sobre a ausência de compromissos oficiais nos primeiros dias de sua estadia em Tóquio, antes da chegada do presidente Lula no domingo (23). Sua primeira agenda oficial aconteceu apenas na segunda-feira (24), quando visitou as obras do Pavilhão Brasil na Expo Osaka, a convite da ApexBrasil.
A viagem foi autorizada com ônus pelo governo federal, incluindo passagens e diárias, mas os valores ainda não foram divulgados. O episódio remete a outra viagem recente da primeira-dama a Roma, em fevereiro, que custou R$ 260 mil aos cofres públicos para uma comitiva de 12 pessoas. Naquela ocasião, somente as passagens aéreas de Janja somaram R$ 34,1 mil.
Especialistas em gestão pública destacam a importância da transparência nos gastos governamentais, especialmente em viagens oficiais. A primeira-dama enfatizou que “nunca houve falta de transparência” em relação às despesas da viagem ao Japão, embora os custos totais ainda não tenham sido publicados pelo governo federal.
A visita oficial ao Japão inclui encontros com autoridades locais, como o imperador Naruhito e a imperatriz Masako, além de compromissos relacionados à promoção do comércio e cultura brasileiros no país asiático. O governo brasileiro mantém que a antecipação da chegada da primeira-dama seguiu critérios técnicos e econômicos.