O grupo terrorista Hamas confirmou nesta quinta-feira (13) que libertará reféns israelenses no sábado (15), mantendo a continuidade do acordo de cessar-fogo mediado pelo Egito e pelo Qatar. A decisão ocorre após uma série de impasses nas negociações e intensa pressão internacional para que o pacto fosse cumprido.
Pela manhã, imagens captadas na região de Rafah, na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, mostraram dezenas de caravanas e tratores aguardando permissão para entrar no território palestino. O envio de ajuda humanitária e equipamentos para reconstrução da região era uma das exigências do Hamas para prosseguir com a libertação dos reféns.
Apesar da confirmação do grupo, Israel negou que tenha autorizado a entrada de equipamentos pesados por Rafah, destacando que o cessar-fogo permanece condicionado à liberação dos reféns. O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, reforçou que, caso o Hamas não cumpra integralmente os termos do acordo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) retomarão as operações militares na Faixa de Gaza.
Nos últimos dias, o impasse se intensificou depois que o Hamas suspendeu a soltura dos reféns de maneira indefinida, aumentando as incertezas sobre a continuidade do cessar-fogo. A pressão internacional cresceu, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a fazer uma declaração pública alertando para possíveis medidas contra o grupo caso os reféns não fossem libertados até sábado. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também reafirmou que haveria uma resposta militar imediata caso o acordo fosse descumprido.
Diante da situação, o chefe do serviço de inteligência israelense, Shin Bet, Ronen Bar, visitou o sul da Faixa de Gaza nesta quinta-feira para avaliar o cenário junto a lideranças militares. A movimentação ocorre em meio à manutenção do estado de alerta das forças israelenses, que seguem monitorando a evolução do acordo e preparando estratégias para possíveis desdobramentos.
A libertação dos reféns faz parte da sexta fase do acordo entre Hamas e Israel, que envolve uma série de medidas humanitárias e militares para viabilizar um cessar-fogo duradouro na região. O cumprimento dessa etapa será decisivo para definir os próximos passos do conflito e a continuidade das negociações mediadas por países da comunidade internacional.