Por Edmundo Polck Fraga (*)
Durante o feriado de Carnaval, estive em Belo Horizonte e, ao passar pela avenida Cristiano Machado, lembrei-me das dificuldades enfrentadas em sua construção. Hoje, vendo-a plenamente funcional, percebo que o esforço valeu a pena. Essa reflexão me levou a pensar em minha querida Ipatinga, uma cidade que, há anos, carece de investimentos estruturais significativos para melhorar a qualidade de vida de sua população.
O que se observa atualmente são reinaugurações de praças e reformas pontuais em unidades de saúde. No entanto, falta uma visão de longo prazo, com projetos estruturantes capazes de impulsionar o desenvolvimento regional de forma consistente e sustentável. Ipatinga precisa ir além de pequenas melhorias e priorizar um planejamento estratégico que promova crescimento econômico e social duradouro.
Espero que os novos e reeleitos prefeitos apresentem propostas mais atrativas para investidores, viabilizando a retomada da geração de empregos e renda no Vale do Aço. Para isso, é essencial que as lideranças municipais atuem de forma integrada, criando um ambiente de negócios competitivo e inovador. Somente assim será possível fortalecer a economia local e atrair investimentos estratégicos.
Criar um cenário favorável aos negócios exige a identificação das potencialidades econômicas regionais e a formulação de incentivos fiscais alinhados às vocações locais. No entanto, essa abordagem precisa ser proativa e bem planejada. Não basta conceder isenções tributárias de maneira indiscriminada; é fundamental compreender as demandas do mercado e preparar a cidade para receber novos empreendimentos.
A formulação de uma política sólida de atração de investimentos exige planejamento e ações estratégicas. Antes de apresentar a região a potenciais investidores, é imprescindível garantir segurança jurídica e relações institucionais republicanas entre o município e as empresas. A previsibilidade regulatória é um fator determinante para que empresários tenham confiança ao investir na cidade.
Um processo contínuo e bem estruturado de prospecção de investidores pode ser um diferencial para atrair novos negócios. Contatar regularmente potenciais investidores e demonstrar, com dados concretos, que Ipatinga e o Vale do Aço estão preparados para novos desafios econômicos são ações essenciais para colocar a região em uma trajetória de crescimento sustentável e duradouro.
A transformação de Ipatinga depende do compromisso das lideranças políticas e empresariais em adotar uma visão estratégica e de longo prazo. O futuro da cidade está diretamente ligado à capacidade de planejar e executar ações que impulsionem seu desenvolvimento de maneira eficaz e sustentável.
Precisamos de prefeitos e secretários visionários, assim como foi o governo de João Lamego Neto, que teve a ousadia de transformar parte da antiga fazenda Prato Raso no belíssimo Parque Ipanema. Hoje, esse espaço é um verdadeiro cartão-postal da cidade e do Vale do Aço, um exemplo de como investimentos bem planejados podem impactar positivamente a vida da população e o desenvolvimento regional.
Ser visionário não é apenas possuir uma grande capacidade intelectual. É conseguir enxergar o que a maioria não vê. É antever o amanhã e agir hoje para construí-lo. (Iane Cruz – Pastora e cantora evangélica).