Por Ricardo Ramos (*)
Desde tempos bíblicos, Israel é conhecido como “a terra que mana leite e mel” (Êxodo 3:8). Essa expressão sugere uma terra próspera e abundante, onde há fartura para seus habitantes. No entanto, ao observar o território israelense, é inevitável notar que grande parte do país está situada em regiões áridas e semiáridas. Como, então, Israel pode ser considerado uma terra de abundância? A resposta está tanto na providência divina quanto na capacidade inovadora do povo judeu.
O termo “mana leite e mel” não se refere apenas a uma fertilidade natural extrema, mas também a uma terra onde a produção é suficiente para sustentar seus habitantes. O “leite” simboliza a criação de gado e caprinos, comuns em regiões com pastagens adaptadas ao clima semiárido, enquanto o “mel” frequentemente se refere ao mel produzido por abelhas ou ao xarope de tâmaras, um dos frutos mais abundantes na região.
Historicamente, Israel sempre teve potencial para a agricultura, mas também enfrentou desafios, como solos pobres e escassez de água. No entanto, o povo judeu sempre buscou maneiras de superar essas limitações.
AVANÇOS TECNOLÓGICOS E A EFICIÊNCIA HÍDRICA
Israel transformou sua realidade agrícola através de inovações tecnológicas e uma gestão eficiente dos recursos naturais. Alguns dos principais avanços incluem:
Irrigação por gotejamento: Desenvolvida em Israel, essa tecnologia revolucionou a agricultura ao permitir que a água seja aplicada diretamente nas raízes das plantas, minimizando desperdícios e otimizando a absorção.
Dessalinização e reutilização da água: Israel lidera o mundo na dessalinização da água do mar e no reaproveitamento da água para fins agrícolas, garantindo o suprimento hídrico necessário.
Biotecnologia e melhoramento genético: O país investe fortemente no desenvolvimento de sementes e culturas resistentes a climas extremos, garantindo maior produtividade em solos arenosos e com pouca água.
Uso de inteligência artificial na agricultura: Sensores e algoritmos auxiliam na tomada de decisões para o plantio, irrigação e colheita, maximizando os recursos e minimizando desperdícios.
PRODUÇÃO AGRÍCOLA EM MEIO AO DESERTO
Apesar do seu tamanho reduzido e das dificuldades climáticas, Israel tornou-se uma potência agrícola. A região do Deserto de Negev, por exemplo, era considerada imprópria para a agricultura. Hoje, graças a métodos avançados, essa área produz frutas, hortaliças e flores que são exportadas para diversos países.
Israel também é um dos maiores produtores de tomates, pimentões e ervas medicinais. Seus vinhedos e plantações de tâmara são mundialmente conhecidos pela qualidade e alta produtividade, demonstrando que, mesmo em meio a adversidades, a terra pode ser frutífera com conhecimento e inovação.
PARCERIAS COM ISRAEL: UM MODELO DE PROSPERIDADE
A sabedoria bíblica nos ensina que Israel tem um papel especial no contexto mundial. Deus prometeu prosperidade ao povo judeu e, ao longo da história, podemos ver essa promessa se cumprindo. Parcerias com Israel podem trazer grandes benefícios para outros países, especialmente no campo da agricultura e da gestão hídrica.
Hoje, diversas nações buscam colaboração com Israel para aprender sobre o aproveitamento eficiente da água e o desenvolvimento de tecnologias agrícolas. O Brasil, por exemplo, tem estabelecido acordos com empresas e instituições israelenses para aplicar suas soluções inovadoras em áreas como irrigação e controle ambiental.
A expressão “terra que mana leite e mel” vai além da aparência física do território de Israel. Trata-se de um conceito que reflete tanto a benção divina quanto o engenho humano aplicado ao desenvolvimento sustentável. A capacidade de Israel de transformar um ambiente hostil em um celeiro de produção é um testemunho da força, resiliência e inteligência do seu povo.
Fazer parcerias com Israel é uma forma de acessar esse conhecimento e aproveitar as tecnologias que tornam possível a produção eficiente em regiões adversas. O país é um exemplo vivo de que, com determinação e inovação, é possível superar desafios e prosperar, independentemente das dificuldades impostas pelo meio ambiente.
Veja também: https://www.youtube.com/watch?v=ITUPpiplOlQ