O ditador venezuelano Nicolás Maduro assumiu oficialmente seu terceiro mandato presidencial na manhã desta sexta-feira (10/01), em Caracas, em meio a denúncias de fraude eleitoral e protestos da oposição. Com a nova posse, ele se prepara para governar o país até 2031, totalizando 18 anos no poder.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo regime chavista, declarou Maduro vencedor das eleições de julho de 2024, mesmo sem apresentar as atas oficiais da votação. Segundo dados divulgados pela oposição, o candidato Edmundo González teria conquistado 67% dos votos, enquanto Maduro obteve apenas 31%. O governo, no entanto, afirma ter vencido com 51,2% dos votos.
A cerimônia de posse contou com a presença da embaixadora brasileira Gilvânia Maria de Oliveira, representando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A participação diplomática brasileira sinaliza um reconhecimento tácito do novo mandato de Maduro, apesar das crescentes tensões entre os dois países devido à falta de transparência no processo eleitoral.
O novo mandato de Maduro acontece em um cenário de profunda crise econômica e social. Sob seu comando, a Venezuela registrou um êxodo sem precedentes de quase 8 milhões de cidadãos e mantém cerca de 1.800 presos políticos. González, que reivindica vitória nas eleições, busca apoio internacional viajando por países como Argentina, Estados Unidos e República Dominicana para legitimar sua posição.
Organizações internacionais confirmaram irregularidades no processo eleitoral, mas Maduro mantém o controle efetivo do poder, apoiado pelas forças militares e pelo aparato estatal. A oposição promete manter a pressão por mudanças democráticas, enquanto a comunidade internacional observa com preocupação o aprofundamento da crise venezuelana.
(Com informações da revista Oeste)