A missão de jornalista nos obriga a sermos fortes, mesmo quando estamos sentidos. Acaba de partir para o plano espiritual, depois de um grande período de luta contra o câncer, a amiga Martha Azevedo. Ela faleceu ontem, 8 de junho, em casa, após passar um período em tratamento oncológico hospitalar.
O corpo de Martha será velado a partir das 11 horas desde domingo (9), no Cemitério Municipal Senhor do Bonfim (localizado à rua Icaraí, 550, Bairro Giovannini em Coronel Fabriciano), onde será sepultado logo mais, às 17 horas.
LEMBRANÇAS
Tenho a nítida recordação de quando no dia 1º de junho de 1970, em meu primeiro dia de trabalho no extinto Diário da Manha, ela me recebeu calorosamente com um abraço e um comentário jocoso: “Menino, você tomou banho com o vidro de Lancaster! (o perfume masculino da moda na época)”. Logo em seguida, me mostrou todos os setores do jornal.
Neste tempo, Martha trabalhava como secretária do Wilton Rodrigues e do José Francisco de Oliveira, fundadores e diretores do primeiro jornal diário de Ipatinga. Quem comandava o colunismo social era o pioneiro L. K. Furuta, o qual foi sucedido por Martha Azevedo.
Em 1971, deixei as minhas funções de redator do Diário da Manha, para atuar no Serviço de Relações Públicas da Usiminas, onde fiquei encarregado de gerar as matérias para o “Informe” diário voltado para o público interno da Usina e as matérias locais para o “Usiminas Jornal”, que era editado na sede da empresa, em Belo Horizonte. A partir daí, tive esporádicos encontros em eventos sociais com a minha amiga Martha.
Em 1984, voltei ao dia a dia do jornalismo, assinando coluna no Diário do Aço. Martha, nesse período, atuava como colunista social do Diário do Rio Doce, que circulava também por aqui com a cobertura jornalística do Vale do Aço.
Três anos depois, o destino fez que trocássemos de lugar. Eu passei a assinar coluna no Diário do Rio Doce e, no mesmo dia, ela estreava como colunista social do Diário do Aço.
Anos depois, já reconhecida pela sua competência como promotora local de grandes artistas brasileiros – como o inesquecível show de Roberto Carlos – Martha Azevedo era convidada por Xuxa Meneghel para integrar efetivamente a sua equipe de produção.
A partir daí perdi o contato com a minha ex-colega e amiga, um exemplo de figura humana.
Vá em paz Martha!