Por William Saliba
Na manhã desta quarta-feira, 22 de janeiro, chamou minha atenção o comentário do jornalista Jorge Ferrão no Jornal da Auriverde. Com a devida licença, tomo a liberdade de repercutir e endossar o ponto de vista por ele expresso.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu secretário de Estado, Marco Rubio, precisam agir com extrema cautela nas sanções que planejam contra a ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela, e o regime de exceção em curso no Brasil, impulsionado por uma suposta “juristocracia”.
É inegável que tanto o sofrido povo venezuelano quanto o castigado povo brasileiro não suportam mais o impacto de novas sanções econômicas que possam vir a ser impostas pelo governo Trump. As populações mais vulneráveis de ambos os países já enfrentam graves dificuldades financeiras, além de fome, em um cenário de colapso das economias que outrora foram promissoras, mas acabaram debilitadas por governos de viés autoritário e de esquerda.
Embora seja legítimo que Trump busque confrontar regimes que atentam contra a liberdade de expressão e as garantias constitucionais de seus cidadãos, é essencial que tais ações sejam direcionadas de forma precisa e eficaz. A estratégia deve mirar os responsáveis diretos pela manutenção dessas ditaduras, especialmente os que se beneficiam do narcotráfico, uma das principais fontes de financiamento dos regimes em questão.
Nesse sentido, medidas diplomáticas e políticas são indispensáveis, como o cancelamento de passaportes, o confisco de bens e ativos localizados nos Estados Unidos e a interrupção de redes de apoio econômico a esses líderes. Somente em último caso – e com a devida comprovação de sua necessidade – deve-se considerar uma intervenção militar.
O combate ao autoritarismo requer prudência e inteligência estratégica. Atacar os mecanismos que sustentam essas ditaduras é a maneira mais eficaz de aliviar o sofrimento das populações e fortalecer os valores do mundo livre.
Que Deus os iluminem!